ESPAÇO EMPRESARIAL
A condição humana nos impõe realidades: nascemos, vivemos e morremos, uns vivem mais, outros menos, temos um prazo de validade. Se a vida é o nosso bem maior o que dizer então do tempo?
Temos inflação crescente, crédito restrito e caro, desemprego, inadimplência, corrupção, crise política, aumento do custo da energia, crise hídrica, aumento da carga tributária, etc.
Nosso perfil demográfico para as duas próximas décadas é extremamente favorável, com a maioria das pessoas em fase produtiva na vida. É justamente nesta fase que os países enriquecem e atingem a condição de alta renda. Perderemos para sempre esta janela de oportunidade? O país também tem um prazo de validade.
Qual será a nossa escolha: Ser objeto da presente crise ou ser sujeito da própria realização e evolução. Podemos perder um ano, ou mais? E o prazo de validade?
Um projeto prévio de qualidade possibilita a construção de uma obra que atenda perfeitamente à função a que se destina. Nós, profissionais, empreendedores, etc., o que queremos como resultado? Vida plena, empresas longevas, país rico?
O que é o projeto base que nos dará a possibilidade de uma vida plena, empresas longevas, um país rico? Certamente a imagem que construirmos na nossa psique. A força psíquica é o combustível do ser humano.
O projeto é o potencial para uma obra perfeita. Por maior que seja a nossa força psíquica, sem vontade, atitude, conhecimento, e ação do fazer, não se tem resultado.
“O core business é o coração do negócio, o coração do trabalho. (...). Esse coração é forte na medida em que a empresa e o empresário têm competência competitiva. A competência é uma qualidade, uma capacidade de saber conhecer e fazer; a competitividade é a capacidade de superar e de ser melhores no mercado sobre as coisas no próprio ambiente (A. Meneghetti)”.
O setor da construção industrializada com participação crescente em infraestrutura, edifícios altos, residenciais, etc., continuará investindo em fábricas, equipamentos, automação, logística, processos, Lean, BIM, segurança, qualidade, P&D, controle tecnológico, qualificação de pessoas, estímulo ao estudo e geração de conhecimento, desenvolvimento de teses de mestrado e doutorado geração de conhecimento em matérias como lajes alveolares, resistência ao fogo, ligações, concreto auto adensável, no Selo de Excelência, estimulo permanente às melhores práticas: técnicas, ambientais e sociais, etc.
Temos avançado significativamente como setor, liderados pela nossa entidade, a ABCIC, hoje com reconhecimento internacional e forte atuação não somente no contexto técnico, mas também junto a entidades articuladoras das políticas nacionais para a construção civil. Iniciamos nossa história associativa num momento, talvez, em que nosso país passava por piores momentos. Não é momento para nos contaminarmos com a conjuntura atual. Precisamos ser realistas, não pessimistas e avançar mais.
Na América Latina, somente o Brasil possui normalização própria para a construção civil, construímos mundo a fora, nossa engenharia e arquitetura são extremamente respeitadas, idem para nossa engenharia estrutural e tecnologia do concreto. Temos uma cadeia ampla e qualificada de fornecedores de matérias-primas, produtos e serviços, um universo acadêmico fundamental, entidades organizadas operando de forma conjunta e colaborativa, com visão de Brasil.
Quem sabe tudo? Ninguém. Quem sabe tudo somos nós todos juntos. Os resultados dependerão de muitos, mas sobremaneira, dos que mais se responsabilizarem e mantiverem a potência psíquica no ambiente atual. Atentos e com visão da realidade que nos cerca é fundamental a coragem para superar qualquer medo ou dúvida e avançar, com resultados de mérito para muitos. Não existe poder histórico sem ganho dos outros em realização.
Força psíquica, ação com foco, resultado crescente. Mar calmo não forma marinheiro.