ABCIC EM AÇÃO
O Planejamento Estratégico 2023-2027 estabelece as diretrizes para pavimentar o desenvolvimento sustentável da pré-fabricação de concreto no Brasil com inovação e menor impacto ambiental. Possui quatro macroestratégias: valorização dos associados e da associação, a estruturação do setor para atender as demandas por edifícios altos, sustentabilidade e o desenvolvimento de um portal de serviços
Em 2021, a Abcic completou 20 anos de fundação, com uma atuação contundente para promover e disseminar os benefícios da construção industrializada de concreto no Brasil. Como resultado, contribuiu para uma maior aplicação do sistema construtivo em diversos mercados, desde os mais consolidados até aqueles considerados mais novos ou inovadores.
Ao longo dessas duas décadas, a representatividade da associação tem acompanhado o crescimento do setor, por isso, cada vez mais a Abcic participa dos principais movimentos dentro do setor da construção e da área do concreto no Brasil e no exterior. Atualmente, todas as iniciativas em prol da industrialização da construção tem o apoio e a presença ativa da entidade. Em âmbito internacional, a Abcic tem sido convidada a estar nos principais eventos promovidos na América Latina, mas também na Europa e na Ásia, especialmente, pela contribuição que produz no contexto da Federação Internacional do Concreto (fib), juntamente com a Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (ABECE) e com o Instituto Brasileiro do Concreto (IBRACON).
Entretanto, para que o trabalho da Abcic seja ainda mais contundente, é preciso projetar o futuro do setor. Assim, a entidade decidiu se dedicar na elaboração do segundo Planejamento Estratégico, vislumbrando o horizonte 2023-2027, a fim de estabelecer as diretrizes para pavimentar o desenvolvimento sustentável da pré-fabricação de concreto no Brasil com inovação e menor impacto ambiental. Para isso, foram elaboradas perguntas estratégicas ligadas às macro questões e foram promovidas oito oficinas.
De acordo com a engenheira Íria Doniak, presidente executiva da Abcic, a primeira edição Planejamento Estratégico realizado em 2015 mapeou 100% dos stakeholders, incluindo associados, entidades parceiras e formadores de opinião, e contou com a avaliação de um Grupo Consultivo, formado pelos membros do Conselho Estratégico atual e da gestão anterior, membros do Conselho Fiscal, Presidentes Honorários e Diretoria, além da consultoria do professor Gerson Ishikawa, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), que também coordenou os trabalhos do primeiro Planejamento Estratégico Abcic.
Já na segunda edição do Planejamento Estratégico, mantendo-se o conselho consultivo nas mesmas funções dos atores da entidade, o monitoramento de tendências nacionais e internacionais foi considerado e estudado pelo grupo, além de uma avaliação profunda dos processos e estrutura organizacional com vistas ao avanço e crescimento da própria Abcic, que ao longo dos anos tem sido fundamental para o desenvolvimento tecnológico e sustentável do sistema construtivo que representa.
“Todos os profissionais envolvidos trouxeram sua avaliação sobre o contexto atual do pré-fabricado de concreto e os rumos pelos quais o setor irá seguir. E, essa visão crítica foi muito importante para elaborar um Planejamento Estratégico que permeia os principais macrotemas do nosso setor, norteando nossas ações e iniciativas para os próximos anos”, explicou Íria, que recordou que a ideia inicial era que o documento fosse revisado em 2020, na gestão do Guilherme Philippi, presidente do Conselho Estratégico até o início do ano passado. “Contudo, a pandemia da COVID-19 fez com que adiássemos esse processo”, acrescentou.
Segundo Ishikawa, as principais premissas e tendências tecnológicas e mercadológicas mapeadas pelo Planejamento Estratégico 2016-2020 permanecem válidas. “Para o horizonte 2023-2027, o Conselho Estratégico da Abcic entendeu que o planejamento estratégico anterior continuava válido, no entanto, as prioridades e os planos de ação necessitavam de revisão. Dessa forma, a revisão do planejamento dedicou grandes esforços nas discussões sobre as prioridades de desenvolvimento setorial e suas implicações”, disse o consultor (vide entrevista completa na página 22).