Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 4 - abril de 2015

ABCIC EM AÇÃO

Abcic lança Anuário 2014 com radiografia completa do setor

Entidade aprimora coleta e análise de dados para fornecer aos associados um instrumento de avaliação da conjuntura e auxiliar na elaboração do planejamento estratégico para os próximos anos

Ela pondera, no entanto, que não é mais possível crescer apenas incorporando mão de obra, mas é fundamental ampliar a produtividade. Nesse sentido, o presidente do Conselho Estratégico da Abcic, Aguinaldo Mafra Júnior utiliza os dados apresentados na Sondagem para salientar que os pré-fabricadores têm demonstrado que estão no caminho certo. “Quando olhamos os dados apresentados pela Ana Maria e comparamos, por exemplo, dados de emprego e de produção, notamos que tivemos um efetivo ganho de produtividade. Quando se nota que nosso setor consumiu menos cimento, mantendo o mesmo volume de estruturas produzidas, isso confirma que estamos ganhando produtividade, investindo em tecnologia e melhorando nossos controles e nossa gestão”, salienta. 
Outra informação positiva observada por Mafra Júnior na sondagem da FGV é sobre o aumento no consumo de concreto auto adensável, que, a seu ver, comprova o salto de qualidade do setor. Lembra ainda que há 30 anos, poucas empresas atuavam com concreto protendido. “Hoje, os dados da pesquisa da FGV mostram que 80% dos nossos associados utilizam concreto protendido. Isso confirma que estamos alinhados com um cenário de melhoria da produtividade”, pontuou o presidente do Conselho Estratégico da Abcic.


Lançamento do Anuário possibilitou um intenso networking entre pré-fabricadores, profissionais técnicos e fornecedores da cadeia produtiva.

Mafra Júnior também concorda com a análise de Ana Maria sobre a importância da infraestrutura. “Ela é a única saída do país para ampliar investimentos e, de alguma forma, as autoridades encontrarão meios de financiar esse investimento”, afirma. Nessa área, mais uma vez, ele entende que repercutirá de forma favorável para a construção e, em consequência, para a área de pré-fabricado. Da mesma forma, em relação à área habitacional. “Acredito que fazer habitação para baixa renda com qualidade só com o auxílio da industrialização. A revolução que o país necessita promover na área habitacional de baixa renda só acontecerá com a industrialização”, comenta. 
O presidente do Conselho Estratégico da Abcic procurou atenuar o pessimismo reinante na área, lembrando que, segundo as projeções feitas pela economia Ana Maria, a construção deve cair 1% em 2015. “Se a gente lembrar que durante o Governo Collor, tivemos uma queda de 4% em cima de uma base irrisória existente naquela época, cair 1% sobre uma base muito maior não significa o fim do mundo. É bem verdade que não devemos ser ingênuos. Há um cenário de crise para os próximos dois anos, mas acredito que o setor consegue superar isso de uma forma positiva”, ressaltou. 


Associados da Abcic prestigiaram o lançamento do Anuário 2014

A presidente-executiva da Abcic segue na mesma linha de Mafra Júnior e afirma que o segmento é caracterizado por ser formado por empreendedores que sempre lutaram e venceram grandes desafios mantendo o setor há mais de 50 anos num país que nunca teve políticas para incentivo da industrialização da construção civil definidas. “A mensagem para os nossos associados é de que não podemos viver no passado, mas visitá-lo para entender nossa evolução e história como setor tanto das empresas que o compões como no plano institucional desde a criação da Abcic. Os dados da pesquisa demonstram que o segmento investiu, pretende continuar investindo, nos aperfeiçoamos a partir de bases sólidas e que especialmente a união faz a força”, diz Íria, salientando que nos encontros da entidade nunca se discutem questões mercadológicas. “Sempre discutimos como nos fortalecer pelo desenvolvimento tecnológico, pela padronização e pelo desenvolvimento da mão de obra, assim como envolvendo outros contextos que são fundamentais para que o segmento possa crescer dentro de um conceito de desenvolvimento sustentável.”, finaliza.

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