Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 18 - dezembro de 2019

ABCIC EM AÇÃO

Abcic Networking V e VI reúnem associados para tratar de temas relacionados à inovação e à montagem

Eventos proporcionaram para os participantes conteúdo técnico e qualificado, de interesse para o setor, e relacionamento

Networking VI trouxe informações sobre montagem e a feira Smart.Con 


Segundo Alves, todos esses cases mostram a versatilidade dessa solução de transporte, que pode atender diversos tipos de obras. “O semirreboque Concrete Loader possibilita um carregamento muito mais rápido e seguro e a operação no canteiro de obras torna-se mais simples”, concluiu.
Sara Zendi Cosso, da Labor Equipamentos Rodoviários, destacou a importância da parceria com a Abcic na realização desse evento, uma vez que a entidade proporcionou o contato com seu público-alvo e forneceu o apoio durante toda a produção do Networking V. “As associações são extremamente relevantes para o desenvolvimento e defesa do setor. As entidades promovem a união do mercado, propiciam a troca de tecnologia, inovações e informações e a disseminação de questões ligadas à segurança quando se trata de transporte e logística, além de reforçar o papel de cada um do mercado dentre de toda a cadeia”, finalizou.

Networking VI
O Abcic Networking VI trouxe o debate sobre o Plano de Rigging e sua importância para a montagem das estruturas. “Decidimos abordar este tema porque é de interesse de nossos associados e recentemente lançamos o Manual de Montagem das Estruturas Pré-moldadas de Concreto, uma ferramenta importante que visa a segurança dos envolvidos e a integridade da estrutura” disse a engenheira Íria Doniak, presidente executiva da Abcic. 
Com o apoio da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema) e indicação do engenheiro especialista Jacques Raigorodski para ministrar a palestra sobre Plano de Rigging, o Networking VI contou ainda com as apresentações da feira Smart.Con e da Bianchi, patrocinador do evento. “A Sobratema foi uma importante parceira que desde o desenvolvimento do Manual colocou à disposição consultores especialistas em Plano de Rigging para validar o conteúdo apresentado”, afirmou Íria.

Íria Doniak e Guilherme Philippi, da Abcic, com Afonso Mamede e Carlos Alberto Laurito, da Sobratema, e os palestrantes Augusto Andrade, Rodolfo Mota e Jacques Raigorodski

Integrantes do Conselho e associados com o especialista em Plano de Rigging, Jacques Raigorodski 


Afonso Mamede, presidente da Sobratema, ressaltou que “para mitigar os riscos na etapa de montagem das estruturas pré-fabricadas é necessário um planejamento assertivo, que pode incluir o Plano de Rigging, cujo objetivo é detalhar todas as etapas para o içamento e movimentação dos elementos de concreto. Por isso, ao apoiar este evento da Abcic, optamos por indicar um profissional especialista nesta área, a fim de levar informação qualificada ao setor”. 
Augusto Andrade, diretor de Feiras da Messe München do Brasil, apresentou a Smart.Con, evento que ocorrerá entre os dias 17 e 18 de junho de 2020. Organizado pela Messe em parceria com a Sobratema, será uma fusão entre summit e exposição de produtos e serviços, com foco em tecnologia e inovação para os setores de Engenharia, Infraestrutura, Real Estate e Rental. “Ela possui um novo conceito, que alia tecnologia, inovação e conhecimento para o futuro da construção”.
O conteúdo será o principal foco da Smart.Con. Por esse motivo, o palco principal do summit estará situado ao centro do Pavilhão do São Paulo Expo, com palestras sobre os quatro macrotemas do evento. Além disso, haverá cinco palcos menores instalados nas cinco diferentes áreas da feira: Planejamento da Construção, Peças e Equipamentos High-Tech, Sistemas Construtivos e Novos Materiais, Automação e Segurança no Canteiro de Obras e O Futuro da Construção. “Nesses espaços, projetados para 30 espectadores, os visitantes poderão assistir a palestras gratuitas”, explicou.
Na sequência, o engenheiro Rodolfo Mota, gerente geral da Bianchi, mostrou o Sistema de Içamento Rápido, que propicia um método racional e seguro para a movimentação de elementos pré-moldados em concreto. Os componentes desse sistema são os insertos, o gancho e o posicionador reutilizável de borracha, que previamente fixado na forma, cria uma cavidade que permite o travamento do pino içador ao gancho de elevação.
Segundo Mota, o  gancho de içamento é composto por um núcleo semiesférico montado sobre uma manilha que permite a pega através de lingas comerciais e sua montagem é correta quando a aba da semiesfera está apoiada perfeitamente sobre o elemento de concreto. “Pelo menos uma vez por ano, é preciso efetuar a verificação das dimensões do gancho, objetivando manter a segurança da operação”, disse. Já o inserto, constituído de aço de alta resistência, possui três tipologias: tipo pino, tipo pino com furo e inserto com placa de difusão. 
O engenheiro ainda forneceu dicas para a escolha correta do tipo de inserto, mostrou alguns critérios de segurança e forneceu exemplos de aplicação. “Para a segurança, é importantíssimo aplicar um sistema de içamento com esquema isostático. Assim, é recomendável evitar o uso de 4 cabos diretamente no gancho de içamento, para evitar o risco de toda a carga ser transmitida apenas a 2 pontos de ancoragem”, disse.
Após a apresentação da Bianchi, o especialista Jacques Raigorodski trouxe uma palestra a respeito do Plano de Rigging e sua importância para a montagem de estruturas pré-moldadas de concreto. Ele falou sobre as ações gerenciais com os equipamentos, pessoas, procedimentos e planejamento para a mitigação de riscos em operações que envolvem movimentação de cargas. “O planejamento em todas as fases da operação é essencial para a segurança de todos os envolvidos na obra. Por isso, não há espaço para improvisações”, enfatizou.
Outra questão ressaltada por Raigorodski foi o fornecimento do maior número de subsídios para que as decisões referentes à obra sejam sempre capacitadas, ou seja, assertivas. “Isso requer, além do planejamento, treinamento e capacitação profissional, verificação técnica, manutenção dos equipamentos, análise de riscos, acompanhamento técnico, certificação e aplicar a boa prática da engenharia sempre”. 
Em sua palestra, o engenheiro trouxe ainda noções básicas sobre o Plano de Rigging, mostrando casos reais de obras no Brasil e no exterior, utilizando estruturas pré-fabricadas de concreto e outros sistemas construtivos. “O pré-moldado de concreto é uma opção viável no Brasil para diversos tipos de obras. Uma das quais eu participei foi o do Estaleiro Enseada do Paraguaçu (EPP), cujo pré-moldado concorreu com outros sistemas construtivos e foi o escolhido para a obra. Eu fiquei muito surpreso com a capacidade demonstrada pela indústria responsável pela fabricação das estruturas”, disse. 
A EPP ganhou, em 2014, a Menção Honrosa no Prêmio Obra do Ano em Pré-Fabricados de Concreto. Localizado na Foz do Rio Paraguaçu em Maragogipe (BA), o estaleiro teve como fornecedor a T&A Pré-Fabricados, empresa associada à Abcic. Toda a estrutura consumiu mais de 11.000 m³ de concreto. Segundo Raigorodski, essa obra teve como destaques os pilares treliçados com mais de 35 m e as treliças com vãos maiores que 40 m, divididas em três peças, com a união feita de protensão aderente posterior. Para o içamento e posicionamento na estrutura utilizou-se dois guindastes com capacidade para 220 t. 
O engenheiro explicou ainda que o Plano de Rigging deve ser feito para cargas içadas acima de 5 toneladas, quando há fator de utilização acima de 75%, geometria complexa, grande área e risco na operação. Sobre o fator de utilização, ele alertou que o ideal é trabalhar com fator entre 80% e 90%. “A lei permite trabalhar com fator 100%, mas existe um risco muito grande porque se passar desse percentual, o engenheiro pode ser preso. Eu procuro sempre deixar uma margem de 5%. Mesmo assim, entre 90% e 95%, é necessário haver operações assistidas pela engenharia, o que inclui raio de giro controlado pela topografia, procedimentos controlados para evitar efeitos dinâmicos, ventos admissíveis menores, entre outros”, finalizou.
Segundo Guilherme Philippi, vice presidente do Conselho Estratégico da Abcic, além do networking, esse encontro da associação debateu temas relevantes para o setor, que podem contribuir para elevação do nível de qualidade e de segurança em obras com o pré-fabricado de concreto.
 

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