Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 31 - abril de 2024

ABCIC EM AÇÃO

Abcic Networking XV abre o calendário de eventos do setor de pré-fabricados de concreto

Os associados e convidados da Abcic receberam, em primeira mão, as informações da primeira edição do Caderno de Dados Setoriais, organizado pela Fundação Getulio Vargas, e conheceram mais detalhes sobre o Modern Construction Show, evento voltado exclusivamente para os sistemas construtivos industrializados, cuja edição inaugural será realizada no mês de outubro

Caderno de Dados Setoriais 

A seguir, a economista Ana Castelo, coordenadora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), apresentou a primeira edição do Caderno de Dados Setoriais, que traz a sondagem da área de pré-fabricados de concreto no Brasil (vide Cenário Econômico, na página 56).

A sondagem aponta um cenário otimista para 2024, com uma perspectiva de crescimento no volume de produção de pré-fabricados de concreto para mais de 50% dos entrevistados. Esse cenário se explica pela diversidade de setores que são atendidos pelos pré-fabricados de concreto. Entre 2020 e 2022, durante a pandemia, as áreas que mais demandaram projetos foram: centro de distribuição e logística, indústria, varejo, edifícios comerciais, shopping centers, infraestrutura e obras especiais, e habitacional, além de obras relacionadas à mineração, agronegócio, data center, entre outros. 

Evento promoveu conteúdo qualificado e networking para os convidados e associados da Abcic

Em relação ao perfil das empresas, a pesquisa mostrou que, em dezembro de 2022, havia mais de 7,7 mil empregados, enquanto a produção total de pré-fabricados alcançou mais de 801 mil m³. Em relação a origem, destaque para a região Sul, que concentra 55% da produção, seguida pelo Sudeste (34%) e pelo Nordeste (8%). As indústrias de pré-fabricados de concreto consumiram 319,6 mil toneladas de concreto e 75,5 mil toneladas de aço. As vendas de pré-fabricados atingiram quase 850 mil m³, o que representou uma queda de 2,5% em relação à média registrada em 2021.

Dois dados levantados pela pesquisa reforçam os investimentos em tecnologia realizados pela indústria: 69% das empresas produzem concreto autoadensável, enquanto a protensão é adotada por 46% das empresas em suas soluções. 

O relatório introduziu uma questão para acompanhar os esforços das empresas em relação à inovação e a desmaterialização rumo à neutralidade do carbono. Com isso, foi relevado que mais de 56% apontaram estar em fase de estudos para a implementação do Ultra High Performance Concrete (UHPC), com registros de que 4,9% implantou o UHPC e 2,4% em fase de implementação. O UHPC é uma tendência internacional dentre as soluções verdes, uma vez que reduz significativamente o volume total de concreto por peça produzida, diminuindo as emissões em logística, transporte e montagem dos elementos. 

Entre os representantes de entidades parceiras da Abcic estavam Daniel de Luccas, do Sindicato Nacional da Indústria de. Produtos de Cimento, e o engenheiro Julio Timerman, presidente do IBRACON, que destacou a importância do evento para conhecer as tendências da cadeia produtiva do concreto e reforçou os comentários feitos por Ana Castelo sobre o crescimento da infraestrutura, com várias demandas, e do potencial da construção industrializada. 

Segundo ele, a autoconstrução representa 70% do consumo de cimento, enquanto o concreto usinado, por 25%, e a pré-fabricação de concreto, por 5%. “Esse alto percentual de autoconstrução significa grande desperdício, o que se traduz em não sustentabilidade. Por isso, as entidades presentes neste evento precisam conhecer esse contexto para desenvolverem ações junto ao governo, com o objetivo de estimular a criação de políticas públicos para um uso maior de sistemas construtivos industrializados em programas como o Minha Casa Minha Vida, para se ter mais sustentabilidade”. 

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