Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 16 - abril de 2019

INDUSTRIALIZAÇÃO EM PAUTA

Concessionárias de rodovias descobrem os benefícios do pré-fabricado

Obras concluídas com maior rapidez, a custos competitivos e diminuição de desperdícios são algumas das vantagens que criam novas oportunidades para a construção industrializada de concreto na malha rodoviária do país

Foram elaborados projetos executivos alternativos em pré-fabricado de concreto para 18 obras de artes especiais do prolongamento da Rodovia Carvalho Pinto (SP), que culminaram em redução de até 30% nos prazos contratuais

Em função de suas dimensões continentais e do predomínio de um sistema de transporte de cargas e passageiros eminentemente rodoviário, o Brasil tem uma permanente necessidade de ampliar e manter em bom estado de conservação sua malha rodoviária. E o país, ao longo das últimas décadas, tem investido considerável soma de recursos nessa área. Segundo a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), desde 1995, as concessionárias destinaram cerca de R$ 97 bilhões para obras e serviços de melhoria da malha viária nacional. “E nossa previsão é investir mais R$ 20 bilhões até 2021”, informa César Borges, presidente executivo da entidade. <br /> Apesar de todo esse esforço, ainda perduram sérios problemas em diversas regiões do país, sobretudo nos trechos de rodovias sob responsabilidade da União. Segundo o presidente executivo da ABCR, a sociedade brasileira já compreendeu que, diante das dificuldades orçamentárias do setor público, a única alternativa para melhorar a infraestrutura rodoviária está na participação do capital privado. “Uma legítima e inteligente solução capaz de gerar avanços para a logística do país”, comenta. <br /> A constatação da necessidade de o capital privado entrar no equacionamento do problema impõe, consequentemente, a execução de obras com soluções mais eficientes, de menor custo e concluídas em menor espaço de tempo com qualidade, características inerentes a sistemas construtivos mais modernos, como é o caso, por exemplo, da construção industrializada de concreto. Nesse sentido, vem ganhando espaço no segmento de obras de infraestrutura rodoviária o uso de estruturas pré-fabricadas de concreto em viadutos, passarelas, pontes e demais obras de arte de estradas e rodovias. “O sistema é amplamente utilizado, principalmente pelos benefícios alcançados quando aplicado em grande quantidade de peças em praças de pedágio, superestrutura de obras de arte, defensas New Jersey, vigamentos para construção de passarelas, valetas, entre outros”, diz o presidente da ABCR.</p> <p><img alt=" />
No caso da construção em praças de pedágio, a Concessionária Arteris/Viapaulista selecionou o sistema de pré-fabricado de concreto para realização desse tipo de construção nas rodovias SP 255, SP 249 e SP 318. Ao total, são seis praças de pedágio, que utilizaram estruturas pré-moldadas de concreto, entre pilares com seção 40x40 cm, altura de 7,00 m, com duto central para escoamento das águas pluviais, vigas de comprimento de 15,9 metros e 13,4 metros, telhas W37 de 16 metros de comprimento e cabines dupla e simples e submarinos, cujo volume total de concreto somou 2.280 m³.
Um dos destaques desse projeto, segundo a Tranenge Construções, foi o processo executivo pioneiro de execução dos submarinos em peças pré-fabricadas de concreto, que contou com nove unidades em cada uma, sendo oito com 41,50m e uma com 30m de comprimento, executados em formas metálicas seccionáveis num total de 474 peças. Para a montagem das estruturas, utilizaram-se equipamentos de capacidade de cargas necessários para atender as necessidades da etapa, tanto em transporte e na montagem como um todo. 

Seis praças de pedágios da Concessionária ViaPaulista tiveram um processo executivo pioneiro de execução dos submarinos em peças pré-fabricadas de concreto

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