DE OLHO NO SETOR
Pré-fabricação de concreto foi destaque, com o lançamento da prática recomendada da ABNT NBR 9062 - Comentada e com Exemplos Numéricos e o Seminário coordenado pela ABCIC sobre o tema. Evento firmou compromissos para o futuro da construção
A criação da prática recomendada foi motivada pelo fato de, apesar do avanço tecnológico e de normalização na área, a quantidade de bibliografias associadas ao pré-moldado de concreto ainda é escassa quando comparada com a forma convencional de utilização do concreto nos canteiros de obras. “Há também a preocupação de se adotar o sistema construtivo nos canteiros de obras sem o conhecimento aprofundado das diferenças de execução das estruturas de concreto no local de uso definitivo. E, esse conhecimento é de fundamental importância para o uso adequado bem como para se extrair o máximo potencial e resultado de seu emprego”, explicou Íria.
Para apresentar esse lançamento, a ABCIC coordenou um Seminário, com a participação de profissionais dos setores da engenharia, construção e concreto, no dia 13 de outubro. Akio Kasuga ministrou palestra sobre o impacto da neutralidade do carbono nas estruturas pré-fabricadas de concreto.
Ibracon assinou importantes acordos de cooperação com o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), representado pelo presidente, Vahan Agopyan, e com o GLOBE - Consenso Global sobre o Ambiente Construído, representando por seu presidente, Michael Faber
O início de sua apresentação tratou das iniciativas da fib na área de sustentabilidade, especialmente da publicação do Boletim 88 “Sustainability of Precast Structures”, em parceria com o PCI (Instituto Americano de Concreto Pré-Fabricado e Protendido), que traz estudo de caso e exemplos de Declarações Ambientais de Produto dos países norte-americanos, da Noruega e do Reino Unido.
Ele apresentou alguns gráficos que comprovam que a pré-fabricação em concreto é mais sustentável, ao gerar uma quantidade inferior de resíduos do que a construção convencional e ao consumir menos energia para construção de pavimentos de edifícios residenciais e comerciais. O comparativo mostrou que as lajes alveolares consomem 401 MJ/m² de energia, enquanto as lajes convencionais, 560 MJ/m2 de energia. Foram contabilizados aço, cimento, outros insumos, transporte e processo de manufatura nos dois processos. Na Holanda também foi feito um estudo que confirmou que o uso de lajes alveolares gera menos resíduos e consome menos cimento, do que o moldado in-loco. Kasuga trouxe exemplos de novas tecnologias aplicadas no Japão e uma avaliação sobre a viabilidade dessas tecnologias.
Representantes das entidades que desenvolveram e apoiaram a prática recomendada e o seminário: Felipe Cassol, presidente do Conselho Estratégico da ABCIC, Luís Aurélio, recentemente eleito presidente da ABECE, e Carlos Britez, diretor Técnico do Ibracon