GIRO RÁPIDO
A 14ª edição do ConstruBusiness, realizado no dia 29 de novembro, debateu os principais assuntos do setor para contribuir na melhoria do cenário atual, identificação dos desafios e apresentação de projetos e medidas que possam fortalecer a cadeia produtiva. “Para cada milhão empregado na construção, 15 novas vagas de trabalho são geradas”, contabilizou o diretor titular do Departamento da Indústria da Construção e Mineração (Deconcic) da Fiesp, José Romeu Ferraz Neto.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Paulo Skaf, disse que é momento de virar a página, para entrar em 2022 com mais competitividade. “O Brasil precisa ter o que há de melhor em infraestrutura, o que vai dar base ao crescimento econômico. Tem muito dinheiro no mundo, mas para trazer esse capital é necessário ter segurança jurídica, ter a casa organizada. Assim, o dinheiro vem”, afirmou.
Essa visão é compartilhada pelo presidente do Conselho Superior da Indústria da Construção (Consic) da Fiesp, José Carlos de Oliveira Lima, que entende como estratégica a retomada da economia a atração de novos investimentos, internos e externos. “O que trará forte e rápido efeito sobre as taxas de desemprego, vai gerar renda e crescimento, melhorando a vida de todos os brasileiros. A recuperação da economia começa pelo setor da construção”, explicou.
A solenidade de abertura contou com a participação Jair Luis Mahl, Vice-Presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal e do secretário nacional de Habitação, Alfredo Eduardo dos Santos, que apresentou políticas e projetos da pasta na área habitacional e ações do Governo Federal nos setores de saneamento, segurança hídrica, mobilidade e desenvolvimento urbano. Para secretário nacional de Transportes Terrestres do Ministério da Infraestrutura, Marcelo da Costa Vieira, o investimento em infraestrutura é um grande indutor da atividade econômica. “Cada real investido em infraestrutura gera duas vezes e meia o mesmo valor. Isso ocorre porque a cadeia logística por trás do setor de infraestrutura movimenta vários segmentos. A retomada do crescimento passa, obrigatoriamente, pelos investimentos na infraestrutura do país”, destacou Vieira, que propôs como solução o uso do capital privado, por meio de parcerias, a retomada de obras públicas paralisadas, o respeito aos contratos e equilíbrio da matriz de transportes.
O primeiro painel do ConstruBusiness tratou da importância da segurança jurídica e regulatória no ambiente de negócios e as prioridades para proporcionar um ambiente de negócios favorável aos investimentos em infraestrutura econômica (transportes, energia e telecomunicações) e desenvolvimento urbano (saneamento, habitação e mobilidade urbana). Já o segundo painel falou sobre as fontes de contribuição no setor da indústria da construção. Os principais aspectos relacionados ao financiamento de obras com o atual panorama de recursos, fontes e soluções foram apresentados com o objetivo de assegurar os investimentos necessários a fim de atender as demandas do país quanto à infraestrutura econômica e ao desenvolvimento urbano. Também foram realizados os lançamentos do Guia de Edificação Segura e da Norma ABNT sobre monitoramento de pesagem em movimento.
Caderno do ConstruBusiness
O caderno do 14º ConstruBusiness sobre a retomada do Brasil no pós-pandemia aborda temas como desenvolvimento urbano, infraestrutura, segurança jurídica e investimentos. Elaborado pelo Deconcic/Fiesp, traz estudo sobre o papel da cadeia da construção no desenvolvimento nacional, incluindo a necessidade de investimentos em desenvolvimento urbano e infraestrutura de R$ 824,4 bilhões por ano entre 2021 e 2030, para que a economia cresça em ritmo mais acentuado e traga desenvolvimento.