ARTIGO TÉCNICO
Fig. 5. Ponte com vigas em I em Portugal
Todos os países mencionados acima desenvolveram uma grande variedade de soluções técnicas para projetos pequenos e grandes, nos quais as fábricas de concreto protendido desempenharam um papel importante no projeto e na implantação dos projetos. A decisão de construir uma ponte de concreto protendido ou fundido no local era adotada durante o estágio inicial do projeto, tanto pelas autoridades quanto pelo consultor de engenharia.
Fig. 6. Ponte com vigas curvas de concreto protendido nos Países Baixos
Em outros países, as pontes de concreto protendido eram vistas como pouco mais de uma boa alternativa às pontes de concreto fundido no local. Grandes empreiteiros mantinham uma posição predominante no mercado e, frequentemente, recebiam a prerrogativa de decidir se uma ponte seria ou não de concreto protendido, com base no custo e na disponibilidade da mão-de-obra. Consequentemente, menos pontes de concreto protendido eram construídas com a flutuação da economia. Exemplos desses países são Canadá, França e Alemanha, onde as pontes de concreto protendido representam de 5 a 20 % do total.
Finalmente, em um número substancial de países pontes de concreto protendido são raramente ou nunca construídas. Frequentemente devido a uma compreensão inadequada e preconceituosa, tanto técnica quanto esteticamente, contra a pré-fabricação. Isso foi particularmente verdadeiro nos países da Escandinávia, onde há pouquíssimas pontes de concreto protendido, em vista do que seria de esperar, à luz de seu clima favorável.
Sistemas e unidades de pontes de concreto protendido foram e continuam sendo desenvolvidas, principalmente por empresas especializadas nesse método. Embora cada empresa ou grupo local de empresas trabalhe em seus próprios esquemas de pontes ou sistemas de concreto protendido, as noções básicas são muito semelhantes, com poucas exceções. Em alguns países, no Reino Unido, por exemplo, o governo incentivou o uso de concreto protendido para compensar a escassez do aço. Dados técnicos governamentais contribuíram para o progresso do projeto, da fundição e do planejamento de protótipos. Nos Estados Unidos, seções cruzadas padrões para vigas de pontes foram desenvolvidas por uma Comissão Mista, “do Prestressed Concrete Institute" em 1960, para as vigas dos tipos V e VI.
As soluções desenvolvidas no primeiro período foram voltadas às pequenas pontes. As vigas de pontes previamente tensionadas foram fundidas antes de 1948, o ano em que os primeiros fabricantes começaram a anunciar e produzir uma grande variedade de vigas de concreto protendido para pontes. A primeira ponte de concreto protendido nos Estados Unidos foi construída no Tennessee em 1950. As seguintes variantes foram usadas naquele período.
Nos chamados “match cast systems”, a ponte era composta por uma série de vigas retangulares colocadas lado a lado. Depois do posicionamento, as vigas eram convertidas em um deck por um pós-tensionamento transversal. Esse sistema não está mais em uso.
Em outros sistemas, pequenas vigas em T invertido eram instaladas adjacentes umas às outras, após o que o espaço entre e acima delas era preenchido com concreto in-situ.
Um desenvolvimento posterior consistiu de pontes com vigas de concreto protendido e lajes pré-fabricadas e fundidas no local. Embora a profundidade das vigas fosse inicialmente muito pequena, 2 pés e 3½ polegadas para uma ponte ferroviária com um vão de 50 pés no Reino Unido, por exemplo, e 50 cm em alguns projetos italianos, ela foi aumentando gradativamente até 2,20 m. Ao mesmo tempo, o vão máximo aumentou de 35 m nos anos 60 para os 50 ou 60 m de hoje.
Em vigas grandes, o concreto protendido frequentemente exige uma combinação de fios retos e com alívio de tensão para acomodar a tensão à tração gerada nas partes superior e traseira da viga durante a fabricação e o manuseio. Em alguns casos, esses fios com alívio de tensão eram substituídos por cabos com pós-tensionamento, que eram tensionados na fábrica ou no próprio local depois que o deck já havia endurecido.