Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 4 - abril de 2015

ABCIC EM AÇÃO

FGV constata que 31,1% dos pré-fabricadores de concreto planejam investir mais em 2015

Sondagem revela também que, em 2014, 78% das empresas investiram em equipamentos para a produção

Pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), por encomenda da Abcic, revela que 31,1% das empresas do segmento planejam investir mais em 2015 do que investiram no ano passado, enquanto 15,6% afirmaram que pretendem reduzir os investimentos. A Sondagem de Expectativas da Indústria de Pré-fabricados de Concreto apurou também que 44% das empresas do segmento investiram em 2014 mais do que em 2013, enquanto 32,6% disseram ter investido menos. 


Economista Ana Castelo, da FGV, salientou que as perspectivas gerais de médio e longo prazos são boas para a construção e também para o segmento de pré-fabricados

Do total aplicado no ano passado pelos pré-fabricadores de concreto, 78% das empresas responderam que destinaram os recursos para a compra de equipamentos para produção; 53,7% disseram ter ampliado suas áreas de produção; 41,5% aplicaram em infraestrutura de equipamentos em geral; 36,6% expandiram as áreas de estocagem e 34,1% investiram em galpões e obras civis. A pesquisa abria possibilidade de se escolher mais de uma opção. 
A sondagem da FGV também levantou os segmentos da construção civil onde foram utilizadas as estruturas pré-fabricadas de concreto no ano passado e houve alterações no ranking na comparação com o anterior. A área de shopping centers, que em 2013 aparecia em segundo lugar, assumiu a liderança. Na sequência, aparecem indústrias, que era líder em 2013, seguida da área de infraestrutura e obras especiais, conforme atesta a maior presença do segmento na viabilização de obras em aeroportos e também em estádios esportivos. O ranking de 2014 é completado por centros de distribuição e logística, edifícios comerciais, obras para a área de varejo e, por último, o segmento habitacional. 
Em relação ao uso de insumos, o estudo constatou que, em 2013, as empresas de pré-fabricados consumiram 419,6 mil toneladas de cimento e 115,2 mil toneladas de aço. Tais volumes representam um consumo por empresas de cerca de 10 mil toneladas e 2,8 mil toneladas, respectivamente de cimento e de aço. Na comparação com o ano anterior, o consumo médio de cimento caiu 3% e o de aço manteve-se relativamente estável. (Alta de 0,3%). A produção total do segmento alcançou a marca de 1.063 milhão de m³ em estruturas pré-moldada, patamar semelhante ao do ano anterior. Já a capacidade instalada do segmento é da ordem de 1,6 milhão de m³. Outras constatações do estudo: 59,5% da produção em 2014 foi de concreto protendido e 40,5% de concreto armado; 58,1% dos pré-fabricadores utilizam concreto auto adensável em sua linha de produção.
Outro dado relevante destacado pelo estudo da FGV diz respeito ao fato de que cresce também o número de empresas que, além de produzir as estruturas de concreto, também produzem estruturas metálicas e representam 22,7% do total, indicativo de uma tendência de industrialização com estruturas mistas e híbridas, combinando os sistemas construtivos. Foi apurado ainda que 25% delas executam as estruturas pré-moldadas também nos canteiros de obras, possibilitando o uso da tecnologia em locais mais distantes dos grandes centros produtivos ou por viabilidade econômica, reduzindo o custo tributário, compondo o uso de peças menores vindas da indústria e maiores, produzidas em canteiro, o que também favorece a logística nos grandes centros, viabilizando, especialmente, grandes obras de infraestrutura viárias e de mobilidade urbana. 
No que diz respeito ao nível de emprego gerado pelo segmento de pré-fabricado, a sondagem da FGV registrou, com base em dados de 2013, que a indústria empregava 12.066 pessoas, ou seja, 1,5% do contingente da indústria da construção civil como um todo e 9,2% do segmento de fabricação de artefatos de concreto. Na comparação com o ano anterior, houve uma queda de 9% no número de trabalhadores por empresa, que passou de 295 em 2012, para 268, em 2013. Na média, 33% das empresas possuíam até 100 empregados; 53% delas registravam entre 101 e 500 trabalhadores, e 14% contavam com mais de 500 funcionários. 

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