ESPECIAL DIA INTERNACIONAL DA MULHER
Inês Battagin
Um fato que me marcou, tendo sido uma agradável surpresa e uma grande honra, foi o recebimento do título de sócia honorária da ABCIC – Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto, em uma Assembleia da entidade no ano de 2008. Lembro-me que eu havia sido convidada para o evento, mas não tinha ideia do prêmio que receberia e quase não estive presente, dadas as dificuldades para conseguir um taxi. Por acaso, um associado da ABCIC chegou à ABCP – Associação Brasileira de Cimento Portland, onde fica sediado o ABNT/CB-18, perguntando sobre o evento e acabei ganhando também uma carona para chegar ao local, onde seria premiada. Foi um dia memorável”.
Iris Hortencio Fabri
A minha carreira dentro da engenharia foi marcada por alguns desafios, iniciei a minha carreira profissional antes do meu período de estágio, passei rapidamente pelos setores de compras e projetos, mas foi na indústria que me encontrei como engenheira. Vivia a prática do que era visto em sala de aula, ainda na faculdade estive à frente de uma linha de produção de estruturas pré-fabricadas. Me encantei com a área de qualidade e fiz a implantação da ISO 9001 nessa mesma indústria, mais tarde o 5S, sempre me encantei com os programas de qualidade. Depois disso fui para a área comercial e um tempo depois assumi a gestão da empresa que estou até hoje”.
Laura Marcellini
Enfrentei vários desafios que me deram força e muita experiência. Logo no início de carreira tive dificuldades para encontrar oportunidade de fazer estágio de 6 meses que era exigido para o curso técnico em edificações, porque o setor estava no início da crise de 2 décadas e além disso eu, mulher, nem tinha completado 18 anos, e havia forte preconceito. Mais adiante encarei uma transferência para outro Estado, que me foi imposta pela empresa onde trabalhava na época num momento em que eu não tinha esta intenção, mas que trouxe vários benefícios e oportunidades de crescimento. Lembro que nesta empresa fui pioneira como mulher em todas as funções que ocupei depois da assistência técnica, nas áreas de marketing e P&D (Pesquisa e Desenvolvimento), e me orgulho disso, por ter quebrado padrões e aberto oportunidades para outras colegas que vieram depois”.
Raquel Sad
Seiberlich Ribeiro
Quando assumi minha primeira função de gerência, estava em uma empresa tradicional, de 50 anos de história e com liderança familiar. Em poucas semanas recebi o pedido de demissão de um membro da minha equipe que teve resistência à liderança feminina e mais jovem. Foi necessário não dispersar a energia com o contexto, e focar na seleção de outro profissional. Os demais desafios ligados a discriminação foram mais discretos, mas em todos os casos, manter o foco na solução foi o caminho que sempre adotei para superá-los”.
Marcia Bozza Haddad
Como arquiteta do quadro da Caixa Econômica Federal, fui convidada a gerenciar a célula de engenharia da estrutura multidisciplinar criada em 2008, para possibilitar a implantação e o destravamento do programa de habitação do governo, em elaboração à época, o Minha Casa Minha Vida. Assim, participei ativamente de todo o desenvolvimento do programa, sua evolução, as alterações e modernização ao longo do tempo, até chegar ao programa habitacional exitoso e reconhecido internacionalmente. Agora, como consultora sênior da ABRAINC, estou tendo a oportunidade de acompanhar também o desenvolvimento do Casa Verde e Amarela, instituído em 2020”.
Silvia Almeida
Inicialmente, tivemos o desafio de formar a cultura do uso de pré-fabricados de concreto na região, em uma época em que o mercado estava habituado a utilizar apenas sistemas convencionais. Foi um desafio, sobretudo porque a T&A já iniciou suas atividades com obras de maior porte. Mas, hoje estamos aqui para contar história, com três fábricas e muitas obras de qualidade em nosso portfólio. Conseguimos construir uma empresa sólida e reconhecida no mercado, o que é resultado de um trabalho levado com muita seriedade”.