Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 4 - abril de 2015

ACONTECE NO MUNDO

GT sobre pontes pré-fabricadas promoverá reunião no fib Symposium

Formado há quase um ano, GT da Comissão 6 conta com a participação de importantes engenheiros e projetistas de dez países, incluindo os brasileiros Fernando Stucchi e Marcelo Waimberg. O objetivo final é a elaboração de um documento com recomendações para os projetos de pontes que utilizem o pré-fabricado de concreto no mundo

Uma nova reunião do Grupo de Trabalho de Pontes Pré-fabricadas da Comissão 6 da fib – Federação Internacional do Concreto está marcada para maio, durante o fib Symposium, em Copenhague (Dinamarca). No encontro, está programado o debate dos exemplos que cada país participante do GT 6.5 vem levantando desde a reunião anterior, realizada em dezembro de 2014, em Chicago (EUA). “Está, no entanto, combinado, que cada solução é produto de uma cultura e que as comparações devem ser cuidadosas e avaliadas levando em conta essas culturas”, afirma o engenheiro Fernando Stucchi, líder da delegação brasileira na fib, diretor da EGT Engenharia, que participa deste grupo como representante da Abcic – Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto.


Hugo Corres é o coordenador do GT de pontes pré-fabricadas da Comissão 6 da fib

Segundo Stucchi, as aplicações tem se mostrado diferentes entre os vários países participantes e isso se torna bem interessante. “Tanto os Estados Unidos quanto a Europa, talvez, especialmente, Espanha e Itália, possuem tecnologias mais evoluídas, incluindo vigas curvas e continuidade. Fiquei também impressionado com o fato dos Estados Unidos terem treliças de lançamento até um pouco menores que as nossas. Só que eles têm mais aplicações que nós e conseguem por na obra mais rapidamente vigas protendidas que metálicas”, avalia.
Além do aprendizado com outros países, Stucchi ressalta que o Brasil tem com que contribuir, por meio das soluções diferenciadas que o país possui. “Uma delas é a questão de nossas cargas rodoviários, que são muito maiores do que as americanas e, inclusive, do que as europeias”, avalia. “Um ponto que ficou claro para todos os integrantes é a importância de internacionalizar as técnicas, seja do ponto de vista teórico-conceitual, seja do ponto de vista prático, respeitando as diferenças culturais de cada país e região”, acrescenta. 


Stucchi: "O Brasil tem muito com que contribuir com o GT, por meio das soluções diferenciadas que o país possui"

Entre as nações participantes estão Bélgica, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e República Tcheca, além do Brasil. A coordenação está a cargo do espanhol Hugo Corres, presidente da FHECOR  , membro do fib Presidium e um dos redatores do Código Modelo. O objetivo do Grupo de Trabalho é a redação de um documento com recomendações para projeto de pontes pré-fabricadas, previsto para publicação em 2016. Como pré-requisito complementar às diretrizes da fib para a formação deste grupo, Corres incluiu a necessidade de projetistas e consultores serem experientes em projetos de pontes, de uma forma geral, incluindo, a pré-fabricação em concreto. “Sem esta experiência não seria possível redigir um documento de tal natureza” comenta. 


Ordóñez: "Papel de Corres frente ao GT é fundamental para a elaboração do documento final

De acordo com Corres, os temas foram identificados, após a realização da primeira reunião, em Madri (Espanha), em maio do ano passado: projeto conceitual, que engloba quatro partes, informação inicial, sistemas estruturais, elementos pré-fabricados e elementos secundários, e detalhes do projeto, que inclui dois subtemas a continuidade da superestrutura sobre pilares e a estabilidade lateral das vigas pré-fabricadas. “Além da redação do documento final, haverá também a publicação de boletins distintos sobre esses temas, sendo o primeiro liderado por ele e os outros temas, coordenados por Maher Tadros (EUA), William Nickas (EUA) y Pieter Van der Zee (Bélgica)”, diz.
Para David Fernández-Ordóñez, coordenador da Comissão 6 de Pré-fabricados da fib, o papel de Corres frente ao Grupo de Trabalho de Pontes Pré-fabricadas é fundamental para o desenvolvimento desse documento e, também, por ser reconhecido no mundo pelos trabalhos realizados como projetista de pontes utilizando tanto o pré-fabricado de concreto como outros sistemas. “Além disso, contamos com a participação de especialistas de todo o mundo, incluindo do PCI americano”, ressalta.

Nós usamos cookies para compreender o que o visitante do site Industrializar em Concreto precisa e melhorar sua experiência como usuário. Ao clicar em “Aceitar” você estará de acordo com o uso desses cookies. Saiba mais!