Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 20 - outubro de 2020

ABCIC EM AÇÃO

IDD promoveu seminário online sobre pré-fabricação de concreto com apoio da Abcic

A engenheira Íria Doniak, presidente executiva da Abcic, participou da abertura e dos debates, enquanto o engenheiro Marcelo Cuadrado, diretor técnico da entidade, ministrou palestra sobre “Pré-fabricados e versatilidade de projetos”

No dia 9 de setembro, o Grupo IDD, instituição voltada ao ensino e pesquisa especializados das áreas de Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo, promoveu o l Seminário Online em Pré-fabricados de Concreto, que contou com 500 inscritos e trouxe três palestras de professores do curso de pós-graduação em Tecnologia da Pré-Fabricação, cuja 5ª turma se iniciará em 28 de setembro. A abertura foi feita pela engenheira Íria Doniak, presidente executiva da Abcic e por Kirke Andrew Wrubel Moreira, coordenador do curso.
“O propósito da Abcic é difundir o setor de pré-fabricados de concreto e dar o suporte necessário ao seu desenvolvimento. A capacitação dos profissionais que atuam no segmento ou que pretendem participar desse setor é uma das atividades promovidas. Assim, buscamos no programa do curso de pós-graduação incluir os aspectos mais importantes (projeto, produção e montagem), permeados por outras questões, como tecnologia, inovação, o momento atual da área, entre outros. Outra preocupação é que esse curso tivesse a participação de profissionais que conhecem na prática as atividades da indústria de forma aliada a todas as necessidades acadêmicas”, disse Íria. 
Para ela, a industrialização será importante para o processo de retomada da atual crise sanitária e econômica vivenciada no Brasil e no mundo. “A pré-fabricação é um dos sistemas mais importantes da industrialização e contribuirá para levar a construção a outro patamar de qualidade e produtividade. Antes desses períodos desafiadores, a pré-fabricação demonstrou todo seu potencial de desenvolvimento e capacidade na realização de obras, atendendo diversos tipos de projetos com cronogramas bastante ousados. Além disso, o Brasil possui demandas muito grandes nas áreas habitacional e de infraestrutura e somente a industrialização será capaz de imprimir o ritmo necessário para atender essa urgência”, complementou. 

1ª turma do curso de Pós-graduação em Tecnologia da Pré-Fabricação

A primeira palestra Potencial Utilização de Pré-fabricação, proferida pelo engenheiro Alex G. M. Alves, superintendente de Operações na Protendit Construção de Estacas e Pré-Fabricados, buscou desmitificar a limitação do pré-fabricado de concreto, ressaltando que o setor possui tecnologia para enfrentar as mais variadas tipologias de obras. 
Ele iniciou sua apresentação com um histórico do setor no Brasil e no mundo e explicou que a pré-fabricação de concreto é um sistema rápido, seguro, produzido em ambientes controlados com qualidade e que garante prazos e custos. “É possível trabalhar com previsibilidade, retirando muitas variáveis da construção, como o clima, gargalos de fornecedores e de mão de obra, entre outros”, disse. 
Logo após, Alves trouxe uma série de aplicações do sistema construtivo no Brasil, desde os mais conhecidos, como em shoppings centers, galpões logísticos, em obras de infraestrutura, em plantas industriais, em edifícios habitacionais e comerciais, até os não convencionais, como na construção do Projeto Sirius. Também citou exemplos do uso do pré-fabricado de concreto em engenharia pesada, para contenções de arrimo e para formação de barreiras, de elementos tradicionais usados de forma improvável, como vigas para coberturas e em estruturas híbridas.
Outro ponto abordado por ele foi a evolução do setor, aplicando novas tecnologias de concreto, aditivos, ligações, adotando geometrias não convencionais, explorando os painéis arquitetônicos e, especialmente, a engenharia inovadora, que inclui cálculos estruturais avançados e inovadores, a fim de atender as demandas dos clientes. “Qual o limite da pré-fabricação?”, perguntou. “Isso vai depender. Mas a versatilidade e a liberdade da pré-fabricação são muito maiores do que conhecemos”, respondeu.

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