Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 2 - agosto de 2014

INDUSTRIALIZAÇÃO EM PAUTA

Nova área do terminal do Aeroporto de Madrid-Barajas

Eng. Hugo Corres Peiretti, Presidente da Fhecor Ingenieros Consultores / Fhecor do Brasil

 Figura 11. Abordagem geral da estrutura, pilares, vigas e placas.
A construção das vigas. Uso de formas autoportantes, aproveitando que os pórticos estavam  perfeitamente alinhados em grandes extensões. Este procedimento é muito comum na construção de pontes, mas não é normalmente usado na construção civil e permite a fabricação das vigas sem cimbrá-las. Este procedimento é combinado com o de suportes com formas tradicionais.
Para facilitar e aumentar o rendimento, foi estudado o uso de armaduras  altamente modulares, permitindo que elas sejam pré-montadas na obra e logo içadas para a sua posição final através de uma grua. 
Fabricação de lajes, ou seja, montagem placas alveolares, apoiadas diretamente sobre as vigas dos pórticos e concretagem da camada de compressão, após a colocação da malha.

Figura 12. Seção transversal do tipo de estrutura.

Figura 13. Armação dos pilares e compatibilidade com as bainhas dos tendões das vigas.

Figura 14. Foto das formas autoportantes
O telhado é um dos elementos mais representativos do novo Terminal. Em seção transversal, reproduz a silhueta frontal de um pássaro com as asas abertas, centrado em cada um dos módulos que compõem o Prédio (Faturador, Processador e Plataforma) que se unem sobre canhões. Esta geometria foi resultado de vigas de armação cheias com uma profundidade variável entre 0,75-1,50 m com asas de dimensões de #500,30 e espessura de15 mm, espaçadas a cada 9,00 m.
Perpendicularmente, foram colocadas vigas secundárias com curvas convexas até o exterior do prédio, formadas com perfis IPE 500, HEB 700 e HEB 500. Ambos os elementos, vigas principais e secundárias, formam uma superfície de dupla curvatura, que permite a transmissão de uma visão de movimento arquitetônico do telhado. 
Para permitir a entrada de luz no edifício, nos pontos mais altos foram colocadas claraboias circulares sobre o Terminal e ovais sobre os canhões.
A construção de aeroportos pressupõe sempre um grande desafio construtivo. Requer um estudo de alternativas pormenorizado que leve em conta a análise de compatibilidade entre os sistemas construtivos e a complexidade entre as interfaces da estrutura em si, suas fachadas usualmente complexas por suas dimensões e singularidade, e a cobertura. 

Figura 15. Processo de construção, montagem da armação ativa e passiva.

Figura 16. Processo de construção, concretagem da viga do pórtico com uma seção transversal compatível com o sistema de barras e construção posterior das lajes.

Figura 17. Processo de construção, descimbrado e movimento de cofragem autossustentável para uso posterior no próximo pórtico.

Figura 18. Enfileiramento e tensionamento dos cabos pré-tensionados.

Figura 19. Processo de construção, instalação de lajes alveolares, colocação da malha de distribuição e concretagem da laje de compressão.

 Figura 20. Armação na área da junta de dilatação
A pré-fabricação em concreto de forma isolada ou em combinação com outros sistemas construtivos é sempre uma possibilidade a ser avaliada pois suas características em relação a  intercambialidade , flexibilidade, modularidade, agilidade na execução  resultam em viabilidade em relação ao cronograma e desempenho propostos.

Figura 22. Vista da estrutura da cobertura +2

Figura 21. Vista interior do Prédio com destaque para a cobertura
O êxito se dá por um trabalho integrado entre a arquitetura, a engenharia estrutural e o construtor.

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