Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 32 - agosto de 2024

ARTIGO TÉCNICO

O uso do bim em obras compostas por sistemas estruturais de CONCRETO pré-fabricado

a) Pilar em cruz

 

b) Tipologia de vigas

Figura 5: Exemplo de projeto de pilar e amostragem visual de vigas.

b) Montagem da estrutura – emendas dos pilares em cruz.

a) Estudo preliminar do modelo de tipologias dos painéis arquitetónicos de concreto pré-fabricado.

b) Montagem da estrutura – emendas dos pilares em cruz.

Figura 6: Painéis em peças pré-fabricadas e emendas de pilares em campo.

O modelo em BIM da estrutura foi idealizado com o emprego de objetos paramétricos e possibilitou a extração das informações dimensionais de todas as peças do projeto. Esses dados foram base para estudo de padronização e recorrência das seções, resultando na definição das formas metálicas a serem produzidas para a obra.

O detalhamento de projeto para a produção foi desenvolvido a partir da construção virtual de todos os componentes pré-fabricados do projeto, onde cada elemento foi detalhado, considerando a sua geometria, especificação de materiais e demais detalhes de encaixes, como esperas e neoprene. Isso proporcionou uma análise crítica de produção, onde cada peça foi disposta em uma região do modelo BIM que simulava o pátio de fábrica. Em seguida, foi modelada a locação das peças em sua posição final no empreendimento, de acordo com o projeto de montagem. O objetivo foi identificar qualquer falta de informação nas pranchas de detalhamento ou incompatibilidade na obra que poderiam causar retrabalhos, custos adicionais e atrasos na montagem ou na produção. A análise virtual de conflito físico entre as peças, denominada de Clash, foi muito importante porque permitiu identificar falhas na produção ou de detalhamento de projeto devido a presença de elementos sobrepostos ou falta de componentes no modelo que impossibilitariam ou dificultariam a execução. Foram estudadas também interferências de posicionamento, alinhamento e níveis de consolas, vigas e lajes (Figura 7). Para esta finalidade, também foi utilizada como apoio a ferramenta Clash Detection no software Navisworks.


a) No nível de topo do pilar P327


b) No nível da consola do pilar P240

Figura 7: Deteção de conflitos físicos entre peças.

3.2. Montagem e plano de ataque

Como premissa para o estudo de montagem e plano de ataque da estrutura foi considerado o tempo total de 148 dias úteis. As equipes de montagem necessárias para cumprimento do prazo foram definidas levando-se em conta as quantidades e características das peças do modelo BIM, bem como seus índices de fabricação e montagem. Também foram estabelecidas as quantidades de produção de fábrica para atendimento às equipes. Com o estudo dos acessos à obra, a partir do software Infraworks foi possível também estudar a melhor solução para a subdivisão da estrutura em quadrantes de montagem e suas respectivas equipes, bem como definir o sentido de montagem mais adequado. Como solução final se chegou à subdivisão em 18 quadrantes associados às equipes e respectivo sentido de montagem, conforme exemplificado na Figura 8.


a) Posicionamento do modelo BIM no terreno

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