GIRO RÁPIDO
O relatório “Modular Construction: From Projects to Products”, da McKinsey, estimou que a construção modular pode alcançar até US$ 130 bilhões em novos empreendimentos imobiliários nos mercados europeu e americano, gerando uma economia de US$ 22 bilhões.
O potencial do setor está ligado à adoção pela indústria de novos materiais mais leves, bem como tecnologias digitais que aumentam a capacidade e a variabilidade do projeto, melhoram a precisão e a produtividade na fabricação e facilitam a logística. Além disso, eles também buscam atender as demandas de sustentabilidade e de estética.
Segundo o estudo, a construção modular oferece uma oportunidade de transformar o mercado, ao transferir aspectos da construção dos canteiros de obras para as fábricas, em um estilo manufatura visto, por exemplo, na indústria automotiva.
Mesmo não sendo um conceito novo, os avanços tecnológicos, as demandas econômicas e as mudanças de mentalidade estão atraindo para esse setor uma nova onda de investimentos. Conforme o relatório, se isso se confirmar, a construção aumentará sua produtividade, ajudando a resolver crises imobiliárias em muitos mercados e remodelar a forma como se constrói hoje.
O relatório prevê as tipologias de painéis pré-fabricados nas modalidades 2D, 3D com módulos prontos ou híbrida combinando 2D e 3D.
O documento da McKinsey, publicado em 2019, ressaltou ainda o impacto positivo para o desenvolvimento tecnológico dos materiais e insumos voltados para a pré-fabricação, bem como enfatizou a contribuição da construção modular em projetos públicos de habitação de interesse social. Destaca a função do setor público em facilitar a adoção da construção modular, por meio da legislação, dando celeridade nos processos de aprovação de projetos com o sistema construtivo.
Por fim, o estudo recomendou às empresas de engenharia se anteciparem à tendência de transformar o canteiro de obras em um local de montagem, atendendo cronogramas ousados e reduzindo custos.