DE OLHO NO SETOR 2
Ele destaca também que a união das entidades em prol do desenvolvimento do mercado para a construção industrializada gera sinergia e resultado maior do que os esforços isolados que cada uma delas já faz em feiras e eventos específicos de cada setor. “Somente com essa união será possível enfrentar os desafios relacionados à necessária adequação do ambiente regulatório para o avanço da industrialização da construção no Brasil, em aspectos como tributação e modelos de contratação/financiamento, por exemplo. As dificuldades são comuns, e os esforços têm que ser somados para se obter êxito”, salienta Navarro.
A Francal e as associações idealizadoras estão engajadas para que a feira seja um ponto de encontro do setor da construção, evidenciando os benefícios, as tecnologias e as tendências dos sistemas construtivos industrializados. Com isso, os visitantes e participantes terão uma visão completa de como a construção industrializada inovou nos últimos anos para atender as demandas da sociedade. Entre os associados da Abcic, estão confirmadas as participações de indústrias como a Cassol Pré-Fabricados e a Leonardi Construção Industrializada, que retratarão o que existe de mais inovador na área de pré-fabricados de concreto.
Paulo Santos, da Abcic, e Renato Cordeiro, da Francal, em visita ao Distrito Anhembi, em abril
Em relação ao Congresso, ao longo de três dias, em dois palcos de conteúdo, os participantes receberão conhecimento sobre as pautas mais importantes no que tange os sistemas construtivos industrializados. Durante a feira, será apresentada a primeira pesquisa do setor da construção industrializada, que está sendo realizada pela professora Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV/IBRE (Fundação Getulio Vargas/Instituto Brasileiro de Economia). “O que se tem atualmente no mercado é uma estimativa de que o segmento representa em torno de 10% da construção civil. Mas não há, até o momento, um número oficial baseado em pesquisa. Por isso, contratamos a FGV-IBRE para fazer o levantamento”, conta Cordeiro.
Para Íria, essa pesquisa exclusiva para os sistemas construtivos industrializados, a ser feito pela FGV, a pedido do Modern Construction Show, será importante para se ter uma radiografia atual do setor, contribuindo para o desenvolvimento da industrialização da construção no país.
Distrito Anhembi
O Distrito Anhembi foi aberto em meados de junho, após uma empreitada de 22 meses, tempo recorde para a modernização do local, graças aos sistemas industrializados, incluindo a pré-fabricação de concreto, especialmente as lajes alveolares, que foram utilizadas em partes específicas do espaço de eventos. Antes de sua reabertura, no dia 24 de abril, representantes de diversas entidades do setor da construção civil participaram de uma visita guiada. O arquiteto Paulo Santos, coordenador de Projetos Especiais da Abcic, representou a entidade na ocasião.
“Esse tempo recorde foi possível devido ao uso de métodos inovadores industrializados. O retrofit vai atender muito a área de eventos nos próximos anos, ao permitir a modulação do pavilhão, e resolver questões ligadas à situação de incêndio e climatização”, comenta Santos, que acrescenta que a industrialização conversa com outras modalidades de projeto, contribuindo para o conforto térmico, acústico e luminotécnico dos empreendimentos.
O Distrito Anhembi foi inaugurado oficialmente no dia 26 de junho
De acordo com ele, do ponto de vista arquitetônico, o Distrito Anhembi ganhou ao retirar da área interna pilares de grandes dimensões que impunham condições para se ter os grandes eventos, ao mesmo tempo em que preservou essa característica na área externa, realizando uma ligação com o passado, que é bastante representativa, pois o espaço foi considerado por muitas décadas o principal local de eventos na América do Sul. “O Modern Construction Show faz parte dessa retomada de grandes eventos no Anhembi e isso é muito importante por ser uma casa tão relevante para a área de eventos, para a economia de São Paulo e para o país”, afirma.