EDITORIAL
Temos tido inúmeras oportunidades de debater, além de gerar e acessar valiosas informações que poderão nos levar a importantes decisões para o futuro do nosso setor. Precisamos avaliar as nossas possibilidades de forma coletiva, como setor, além das decisões particulares de cada empresa. Quando falamos em coletivo não restringimos apenas ao setor, mas consideramos todas as suas interfaces: projetistas, arquitetos e engenheiros, clientes, fornecedores, academia e também os formadores de opinião.
Ampliando um pouco mais, de forma globalizada, também acompanhamos o que se passa com a pré-fabricação em concreto no mundo, quer por sinal, está em constante transformação. Desde a evolução tecnológica dos materiais, componentes, equipamentos, formas de aplicação até novos requisitos como consideração e cargas acidentais nas estruturas decorrentes de ações terroristas, que inclusive já foram contempladas nas arenas dos jogos olímpicos. Ou seja, não é mais sustentável o pensamento de que levará muito tempo para que estas transformações cheguem ao nosso "quintal". Na verdade, elas ou já chegaram ou estão muito próximas.
Ao avaliar esta edição da Industrializar em Concreto, notamos que esta comunicação está presente em cada ação desenvolvida, em cada solução apresentada por nossas empresas, em cada evento proposto. Na missão técnica à Europa vimos que a indústria do pré-fabricado tem sua capacidade hoje em boa parte tomada por demandas habitacionais, geradas pela imigração excessiva, um movimento social importante, assim como ocorreu no pós guerra.
Os painéis portantes ou simplesmente para vedação ou até arquitetônicos representam importantes alternativas de incremento de demanda, além das estruturas em esqueleto compostas por pilares, lajes e vigas, mais comuns em nosso mercado. Tudo isso passa por projeto, tecnologia de materiais e processos, qualificação de profissionais de todos os níveis, cadeia de fornecimento adequada e principalmente demanda.
Apesar de toda a aura negativa que envolve a conjuntura economica atual, precisamos de sabedoria para também transformá-lo num momento de oportunidades ou talvez de mudanças que nos induzam a criar um futuro melhor. Há uma frase que diz que a melhor forma de prever o futuro é inventá-lo. A sabedoria nada mais é do que o conhecimento aplicado. Temos conhecimento do passado e a oportunidade de conhecer mais sobre o estado da arte e as necessidades do momento atual, por esta razão convido todos a acompanhar nesta edição da Industrializar em Concreto a esclarecedora entrevista concedida pela presidente da ASBEA - Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura, Miriam Addor; o Espaço Empresarial, escrito pelo empresário Décio Previato; os cases brasileiros de aplicação de painéis arquitetônico; além do artigo técnico que compara as alternativas das pontes pré-fabricadas em relação às moldadas no local. São todas informações que serão valiosas para refletirmos sobre o setor e as empresas, somente se acessadas por cada um dos integrantes de toda a cadeia produtiva. Nos esforçamos cada vez mais para desenvolver e comunicar mais do que um conteúdo de qualidade, um conteúdo transformador.
Não deixem de participar dos próximos eventos: Concrete Show (Agosto), Seminário Internacional de Estruturas Pré-Fabricadas de Concreto e Curso Internacional Abcic-fib (setembro), 58º Congresso Brasileiro do Concreto do IBRACON - Instituto Brasileiro do Concreto e ENECE – Encontro Nacional de Engenharia e Consultoria Estrutural, da ABECE - Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (ambos em outubro).
Íria Lícia Oliva Doniak,
Presidente Executiva da Abcic