ABCIC EM AÇÃO
Iniciativa da Abcic reúne especialistas internacionais para discutir tema definido em 2015 pelo planejamento estratégico da associação
Especialistas do painel Internacional (Estados Unidos, República Checa, Bélgica, Brasil e Malásia) durante debate que contou com o convidado especial o presidente da ABPE, Sérgio Hampshire, e mediação do engenheiro Marcelo Waimberg
Integração entre construtores, fabricantes e fornecedores
A segunda mesa de debates, realizada ao final do evento, contou com a participação dos palestrantes brasileiros do dia, do engenheiro Eduardo Barros Millen, da superintendente do Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados da Associação Brasileira de Normas Técnica (ABNT/CB-18), Inês Battagin, e foi mediada pelo engenheiro Marcelo Waimberg. Na ocasião, ganhou destaque o necessário arranjo entre a realidade brasileira e o emprego de novas tecnologias usadas ao redor do globo.
“O processo de formulação de normas busca, por vezes, adaptar os textos normativos estrangeiros às condições da construção civil no Brasil", disse Inês, que considerou o evento sobre pontes como fundamental para entender como o Brasil deve se posicionar daqui para frente, na questão de avançar com a normalização, inclusive considerando contextos de diferentes países que podem ser referências para o Brasil.
Alguns avanços nesse caminho já são percebidos. O engenheiro Wellington Repette ressaltou as experiências de impressão 3D de componentes em UHPC realizados na instituição onde leciona, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Os participantes da mesa também enfatizaram que, mesmo com os anos de instabilidade econômica e política vividos pelo Brasil nos últimos anos, houve aplicação significativa de novas tecnologias, entre elas o uso crescente do BIM e outras ferramentas da Indústria 4.0.
O engenheiro Eduardo Barros Millen, convidado de honra da segunda mesa de debates, sintetizou as discussões do dia ao falar que o Brasil passa por um momento de transição, onde desafios característicos serão apresentados ao setor da construção civil. Também comentou sobre o avanço de tecnologias, sendo algo ininterrupto. “No começo da minha carreira, na década de 70, o concreto protendido tinha capacidade para aguentar apenas 18 MPa, enquanto hoje já discutimos o uso do UHPC, com valores muito maiores”, finalizou.
Ao refletir sobre os trabalhos do dia, o engenheiro Marcelo Waimberg apontou que é importante aumentar mais a viabilidade de obras de pontes rodoviárias em que a indústria esteja presente. Também considerou ser necessário fazer um esforço pela definição de soluções que gerem maior integração entre projetistas e a indústria, fala endossada pelos integrantes da plateia e do conselho estratégico da Abcic, Antonoaldo Trancoso das Neves (Tranenge) e Carlos Alberto Gennari (Leonardi).
Após as considerações da segunda mesa de debates, a presidente executiva da Abcic, Íria Doniak, aconselhou uma mobilização para viabilizar novas soluções e padronizar soluções existentes; para isso, é necessária maior interação entre empresas de engenharia e contratantes. "A Abcic gostaria de falar mais com os representantes das concessionárias e construtoras, promovendo uma maior sinergia. Para esse desenvolvimento, o apoio de projetistas estruturais é de fundamental importância", finalizou.
Integrantes da mesa redonda coordenada por Inês Battagin, com convidado especial Eduardo Millen e palestrantes da programação sobre UHPC e coordenação do TG6.5