GIRO RÁPIDO
O engenheiro projetista e professor do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Paraná (UFPR), por 33 anos, Shido Ogura faleceu aos 83 anos de idade, no dia 14 de março, em Curitiba. Com um legado importante, participou de grandes projetos, como o trecho 7 do metrô de São Paulo, a cobertura do Clube Curitibano, o edifício da Telepar, blocos da Copel, a Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, o Estádio do Clube Athlético Paranaense (primeira etapa), além de vários shoppings e edifícios.
O engenheiro Shido Ogura e o arquiteto e engenheiro Bruno Contarini.
Mas, sem dúvida, o maior de seus projetos foi a criação da solução estrutural do Palácio Castelo Branco, antigo Instituto de Educação do Paraná, obra projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, em 1967. Sobre essa obra, em 2002, o engenheiro disse ao jornal Gazeta do Povo “foi o maior vão livre daquele tempo no país, solucionado com uma viga protendida feita com cabos de aço enormes que foram importados da Suíça e que, posicionados e esticados, empurram toda a cobertura do prédio para cima, lutando contra uma carga natural que força toda a estrutura para baixo. Embaixo de cada pilar das extremidades desse vão foram instalados seis rolos de aço que se movem de acordo com o trabalho da estrutura, mantendo tudo em pé”.
Ogura era formado em engenharia civil pela UFPR. Foi professor do Departamento de Construção Civil até o ano de 1995 e participou de várias associações, como o Instituto de Engenharia do Paraná, a Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural e a Associação dos Ex-alunos do Curso de Engenharia Civil da UFPR.
Autor de publicações como “Teoria das Estruturas – Estruturas Isostáticas – Exercícios”, entre outras, Ogura foi homenageado pelo Instituto de Engenharia no ano de 2016 como Engenheiro do Ano e fazia parte da APE- Academia Paranaense de Engenharia.