Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 23 - setembro de 2021

INDUSTRIALIZAÇÃO EM PAUTA

Uma década do principal tributo à industrialização de concreto no Brasil

O Prêmio Obra do Ano em Pré-Fabricados de Concreto completa 10 anos, evidenciando o desenvolvimento do setor, por meio da construção de empreendimentos e obras em diversos segmentos. Os projetos estruturais e arquitetônicos ousados, sustentáveis e modernos aplicaram soluções tecnológicas de última geração e ressaltaram a versatilidade, a produtividade, a qualidade e a eficiência do sistema

Arquitetura
Um quesito destacado por Campos é que a premiação deu visibilidade à arquitetura industrializada. A seu ver, o uso do pré-fabricado de concreto não cresceu apenas na engenharia, mas também na arquitetura, com algumas áreas passando a se interessar mais por esse tipo de sistema. 
De acordo com ele, no passado, era necessário explicar os conceitos da industrialização para os arquitetos e desmistificar questões como a monotonia, falta de flexibilidade e rigidez do sistema construtivo. Isso porque havia a memória de sua aplicação em edifícios do pós-guerra, com pouca variação arquitetônica. “Mas, cada vez mais o setor vem incorporando inovação, tornando o pré-fabricado mais versátil para que o arquiteto possa usar dessa característica em seus projetos. O Prêmio Obra do Ano prova de forma cabal esse fato”, destaca. 

“A construção industrializada é um caminho sem volta. Cada vez mais a sociedade demanda soluções que tem a produtividade, baixo custo e simplicidade como pilares. Nesse sentido a indústria dos pré-fabricados vem cumprindo um grande papel, que é apresentado e divulgado a todo o setor por meio do “Prêmio Obra do Ano em Pré-Fabricados de Concreto”,  Paulo Oscar Auler Neto.

Além disso, em meados dos anos 1990, com o boom da hotelaria, se iniciou o uso do pré-fabricado arquitetônico, por meio de painéis, e banheiros prontos. Isso fez com que esse segmento buscasse o sistema construtivo até para atender a demanda reprimida e os cronogramas ousados. “Entre a decisão do empreendedor e o início do funcionamento do empreendimento, quanto menor fosse o tempo, melhor”, pontua Campos. 
Efetivamente essa procura levou o início ou a ampliação da produção dessa peça, cuja fabricação é de alto valor agregado e exige cuidados, como o isolamento térmico e acabamento especificado no projeto. “O setor continua buscando novas tecnologias para que o pré-fabricado de concreto possa atender requisitos de textura, por exemplo”, afirma Campos, que pondera que a indústria mostrou toda sua capacidade, desenvolvendo novos produtos, mas também respondendo as demandas de projeto, compatibilizando a produção de elementos específicos com as necessidades dos arquitetos e aumentando o repertório do setor.
Nesse sentido, o arquiteto comenta que a evolução do pré-fabricado pode ser percebida tanto em obras únicas e menores, quanto  em obras maiores. “Nem sempre a obra que chama mais atenção é o destaque. Por vezes, uma obra de menor porte aplica uma série de conceitos e refinamentos que demostram a importância da concepção”, explica. Enquanto membro da comissão, ele procura observar a solução projetual, desde os requisitos para atender o programa arquitetônico até a adequação do uso tecnológico do pré-fabricado nas obras para cumprir esse programa. Muitas vezes, ao avaliar o projeto inscrito, Campos entra em um nível de detalhamento do projeto arquitetônico, a fim de não deixar passar as especificidades dessa área. 

Engenharia
Do ponto de vista da engenharia, Auler Neto reitera que o uso de pré-moldados já tem a presença consolidada nas obras brasileiras. “O mais interessante é como a evolução dos softwares de desenho, cálculo e a tecnologia BIM vem somando em todo este processo, permitindo o desenvolvimento de indústrias específicas e dedicadas a produzir em escala industrial uma infinidade de elementos, desde os estruturais até os elementos acessórios”, acrescenta. 

“A premiação é uma amostra do potencial que a construção industrializada em concreto tem para vencer os mais diversos desafios em um país em construção como o Brasil. O setor tem que crescer muito e o prêmio dá visibilidade ao setor, à engenharia e à arquitetura. Por isso, “Vida Longa” à industrialização em concreto e o Prêmio Obra do Ano, cuja importância estratégica é indiscutível”, Paulo Campos.

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