ABCIC EM AÇÃO
O Planejamento Estratégico 2023-2027 estabelece as diretrizes para pavimentar o desenvolvimento sustentável da pré-fabricação de concreto no Brasil com inovação e menor impacto ambiental. Possui quatro macroestratégias: valorização dos associados e da associação, a estruturação do setor para atender as demandas por edifícios altos, sustentabilidade e o desenvolvimento de um portal de serviços
O Planejamento Estratégico também salientou a aplicabilidade do sistema construtivo em novos mercados, o crescimento das soluções híbridas, um uso maior em edifícios comerciais e residenciais e a adoção de novas tecnologias em materiais, em sistemas, incluindo a digitalização. E, durante esse período, de 2016 a 2020, todos esses fatos aconteceram.
O pré-fabricado de concreto foi usado em inúmeros empreendimentos e obras, de todos os portes e de diversas tipologias, incluindo obras especiais, no agronegócio, em energia renovável, em mineração, em portos, em casas residenciais, igrejas, cemitérios, instalações elétricas, entre outros.
As obras também incorporaram novas tecnologias, como o BIM (Building Information Modeling) em suas variadas dimensões, concreto autoadensável, concretos especiais, concreto de ultra alto desempenho, softwares, laser scan, soluções de rastreabilidade, formas e veículos de transporte especiais, equipamentos de maior alcance e capacidade. É importante citar ainda as fábricas carrossel no país.
Houve ainda novos projetos importantes em edifícios de múltiplos pavimentos, como o Varanda Botânico, no interior de São Paulo, e o Parque da Cidade, na capital paulista. A presidente executiva da Abcic recorda que a perspectiva de mercado era que o pré-fabricado de concreto seguiria “para fachada e para cima”. “Isso realmente ocorreu e vem acontecendo, o que mostra a assertividade do Planejamento Estratégico”, destacou.
Planejamento Estratégico 2023-2027
Para o Planejamento Estratégico 2023-2027, a perspectiva se amplia, uma vez que atualmente as mudanças climáticas e a questão ambiental são temas prioritários no mundo, cujos efeitos são vistos em todos setores econômicos e na sociedade. Com isso, o futuro precisa ser de redução dos impactos ambientais e menor pegada de carbono até alcançar por completo a descarbonização das economias globais.
Assim, a pergunta a ser respondida passou de “Para onde vai o pré-fabricado de concreto?” para “Onde vai a construção sustentável?”. E a resposta que se chegou foi “para a pré-fabricação com projeto 100% digital”. Essa ponderação é importante, pois o entendimento é que a construção industrializada de concreto será vital para que a indústria da construção alcance as metas de redução ou eliminação das emissões de carbono.
Quanto ao digital, a incorporação do BIM e de tecnologias como gêmeos digitais, inteligência artificial, internet de coisas, realidade aumentada, impressão 3D, possibilitam que o projeto estrutural, o projeto arquitetônico, o planejamento dos processos de produção, transporte e montagem sejam realizados em ambiente 100% virtual. Esse projeto, por exemplo, pode ser enviado digitalmente para os equipamentos de produção que têm se tornando cada vez mais modernos e automatizados. O uso de drones permite o mapeamento completo da obra, incluindo sua geologia, e a utilização de robôs em fábricas ou nos canteiros realizam as tarefas conforme as orientações de projeto e planejamento.
Sustentabilidade nas áreas do cimento e do concreto no Brasil e no mundo
De acordo com Íria, a sustentabilidade é um tema que está na agenda do setor e está presente nas macro estratégias do Planejamento Estratégico. É também um assunto que vem sendo debatido por todo o setor da construção e as áreas de cimento e de concreto no Brasil e no exterior. “O nível III do Selo de Excelência Abcic, lançado em 2003, tendo por referência a ISO 14000, pois à época não tínhamos o conceito de sustentabilidade tal qual se apresenta na atualidade, já contemplava o treinamento de colaboradores da indústria e mitigação de redução nos consumos relacionados as matérias primas, água e energia bem como a destinação de resíduos sólidos e líquidos. Mais recentemente foi incluído mitigação nas emissões de CO2.