ABCIC EM AÇÃO
O tradicional evento da Abcic contou com a participação da economista Ana Maria Castelo, da FGV, que avaliou a conjuntura econômica atual e trouxe cenários para este ano, e do engenheiro Martin Maass, da Progress Group, que abordou o tema a pré-fabricação de concreto e a construção modular
Nesse sentido, Íria disse que os países da Ásia estão buscando enfrentar essa questão com a industrialização. “A China, por exemplo, instituiu uma política pública para incentivar a construção industrializada. No Brasil, apesar de todo o potencial e mesmo com grandes problemas estruturais, não há políticas voltadas para essa finalidade”, avaliou.
Segundo Maass, a mão de obra na Ásia é mais barata do que no Brasil. "A pergunta é: o que motiva a Ásia seguir por esse caminho e o Brasil, não? Nos dois locais há o déficit habitacional, a necessidade de tirar as pessoas de condições precárias de vida, e o debate sobre meio ambiente e sustentabilidade”, questionou o engenheiro, que complementou com a informação de que, no centro de algumas cidades chinesas, só é permitida a construção industrializada para não causar transtorno no local, diminuir a quantidade de resíduos e minimizar a neblina de poluição.
Por fim, Maass falou sobre a capacidade das estruturas pré-fabricados de concreto suportarem abalos sísmicos. Em países asiáticos, há edifícios de até 35 pavimentos construídos com tipo bem resistente de armadura para segurar suas estruturas em caso de abalo sísmico. No caso de edifícios de múltiplos pavimentos sem núcleo rígido convencional, ele disse conhecer obras de dez pavimentos sem tipo algum de núcleo rígido. “Mas, isso vai depender do formato do prédio. Todas as paredes internas começam a enrijecer a construção”, finalizou.
*Estimativa antes do anúncio oficial do IBGE
Martin Maas: "O sistema carrossel possibilita ganhos de produtividade indiscutíveis"