ARTIGO TÉCNICO
Outro aspecto esta associado a interferencia aos polos de conexão do medidor que geram mudanças da medição correta de temperatura do concreto, conforme indicado na Figura 9.
(B) Sensor 1: Ligação correta dos polos (A) Sensor 2: Erro no isolamento dos polos
Figura 9: Detalhe da montagem do fio termopar tipo K e interferencia na medida de temperatura.
3.2 Analise da maturidade no processo de produção das pistas protendidas
Durante o processo de análise da dados de maturidade, foi possivel avaliar as principais caracteristicas do concreto associado ao desenvolvimento de resistência da compressão.
A analise inicial foi em relação a diferença de temperatura do concreto dos corpos-de-prova cilindrico (CP´s) de dimensão 10x20cm (Volume equivalente: 1,57litros) e uma peça pré fabricada 0,40 x 0,50 x 12,0m (Volume equivalente 2,4m³), onde foi empregado o mesmo concreto e monitorado a diferença de temperatura da mistura. Nessa analise foi verificado a elevação de temperatura do concreto da peça aconteceu no mesmo periodo do CP´s, porém notou-se nesse ultimo um pico de temperatura de 52,6°C ao passo que nos CP`s atingiu 37,9°C, conforme indicado na Figura 10.
Figura 10: Detalhe da diferença de temperatura do CP e da Peça pre-fabricada
Como consequencia da diferença de temperatura e portanto acumulado desta, entre peça e corpo de prova, quando aferido resistência pela maturidade, tem-se como resultante o intervalo de tempo para atingir o alvo de Fcj, nesta caso 24 MPa, que ficou em 3,5 horas, sendo este o potencial ganho de tempo no ciclo de produção, como demostrado na Figura 11.
Figura 11: Diferença de tempo observada para atingimento de mesmo Fcj entre CP e Peça monitorados.
A segunda análise foi avaliar a evolução de resistência a compressão da primeira e da ultima peça concretada em uma pista de protensão de 78m, sendo a diferença entre o inicio e termino de concretagem de 2h 30min. A analise pela maturidade permitiu identificar uma diferença entre as peças de 4,73MPa em 12horas (Figura 12).
Figura 12: Analise de desempenho de resistência entre a primeira e a ultima peça concretada na pista protendida
A terceira analise levantada foi a interferência da temperatura ambiente no tempo de desempenho de resistência inicial do concreto. Foram monitoradas duas produções sequenciais, as quais tiveram variações de temperaturas de 4°C noite, sendo tambem notado o efeito a relação temperatura x umidade, onde com o redução da temperatura tem-se o aumento da umidade relativa do ar e vice e versa.
Figura 13: Analise de desempenho de resistência entre a primeira e a ultima peça concretada na pista protendida
Notou-se pela analise da Maturidade, que entre as duas pistas produzidas houve uma diferença de 1h para se atingir a resistência de 22MPa, sendo obtida uma relação que o incremento de 4°C na temperatura ambiente gerou para o traço em estudo, uma aceleração de 1hora na resistência requerida para desprotensão.
A ultima analise realizada, foi em relação da interferência do tipo de traço no desempenho de resistência inicial e tempo de ciclo do processo produtivo. Nesse sentido, foi realizado tambem o estudo da curva de maturidade do traço C50 (fck 50MPa), aplicado na produção de uma linha de pistas protendidas e os dados comparados com o concreto em estudo C40 (fck 40MPa)
Nesse sentido, a diferencia de consumo de cimento entre o traço de C40 em relação ao C50, representava o incremento de 52kg/m³ para uma classe de consistencia S220 (Abatimento aplicado = 22 a 24cm), com mesmo teor de argamassa (57%). O resultado obtido pela analise de maturidade, mostrou uma difetença de 12h para 9horas de ciclo de cura, indicando o impacto significativo no ciclo produtivo para se atingir uma resistência de desprotensão de 22MPa.