INDUSTRIALIZAÇÃO EM PAUTA

A estrutura do edifício-garagem e esplanada é constituída por uma estrutura pré-fabricada de concreto com pilares, vigas protendidas e lajes alveolares/maciças protendidas, cuja resistência característica à compressão é igual a 50 MPa. Após a montagem das peças, foi executado um capeamento de concreto, moldado in loco, solidarizando e ligando as lajes com as vigas e as vigas com os pilares, tornando toda a estrutura monolítica. 

A estrutura do estádio, constituída por 64 pórticos transversais com 4 vãos de aproximadamente 12,0m, com 5 pontos de apoio, utilizou uma estrutura híbrida (concreto e aço), que se mostrou vantajosa, tanto do ponto de vista estrutural quanto comercial, pois houve redução do custo total da estrutura, uma vez que os materiais são utilizados em regiões cujos esforços são compatíveis com sua resistência preponderante, tração e compressão, respectivamente.

Obra do Ano Edificações: 
Scala Data Centers

Localização: Barueri, São Paulo
Área construída: 19.500 m²
Construtora: Scala Engenharia CoE
Início da obra: Outubro de 2022
Término da obra: Maio de 2023
Arquiteto: Panagiotis Lazaridis (LZA Engenharia e projetos)
Projeto Estrutural: Sander David Cardoso (Protendit)
Empresa pré-fabricadora: Protendit
Volume de concreto pré-fabricado: 6.460 m³

Segundo Dias, esse obra não poderia ter sido feita no formato convencional, pois não seria possível garantir o prazo nem ter uma previsibilidade custos. “Em um ambiente industrializado, os fatores são controlados, mesmo com os desafios. Essa obra é uma das mais complexas e com maior tecnologia aplicada nos 60 anos de existência da nossa indústria”, enfatizou. 

A Arena MRV foi o primeiro estádio brasileiro a passar por um ensaio de túnel de vento. A verificação das pressões e esforços de vento permitiu otimizar o projeto estrutural da obra. A maquete estrutural incluiu a topografia do local e os prédios e residências no entorno do estádio, para que a obra não causasse danos nas construções vizinhas. 

Edificações

Em Edificações, a obra vencedora foi o Scala Data Center, composto por dois edifícios verticais, abastecidos exclusivamente com energia renovável certificada e com alta eficiência energética, e com operação com impacto zero em recursos hídricos, e situado em Barueri (SP).

“É uma obra de extremo rigor técnico, com prazo desafiador em canteiro com inúmeras limitações de acesso e montagem que demandou um estudo logístico e de montagem altamente complexos. Nossa equipe de engenharia aplicou diversas soluções como emendas de pilares diferenciadas, reduções de seções com uso de concretos de alto desempenho (80 MPa), ligações semi-rígidas na estrutura e várias simulações de fases transitórias de montagem já que a área de montagem era limitada. Todas estas soluções foram corroboradas pelas equipes de qualidade e desenvolvimento de concreto e equipes operacionais fabris e de montagem”, contou Alex Alves, superintendente de Operações da Protendit.

Para o projeto foi necessário compatibilizar todas as disciplinas em BIM (Building Information Modeling). Um dos edifícios (SP04), com altura de 50 metros, teve sua estrutura pré-fabricada reticulada de 4.100 m³ desmembrada em 48 blocos de fundação, que recebiam cada um, três segmentos de pilares emendados totalizando 144 pilares, 456 vigas, 56 lances de escadas, 1152 lajes alveolares e 833 painéis, distribuídas em 8 pavimentos e 1 laje técnica de cobertura. A estrutura pré-fabricada reticulada de 2360 m³ do outro edifício (SP05), com altura de 40 metros, também foi desmembrada em 44 blocos de fundação, que recebiam cada um, dois segmentos de pilares emendados totalizando 88 pilares, 359 vigas, 40 lances de escadas, 688 lajes alveolares e 660 painéis, distribuídos em seis pavimentos e uma laje técnica de cobertura.