DE OLHO NO SETOR
Durante o evento, foi anunciado que o próxima Congresso no Rio de Janeiro, em 2025, será realizado em parceria com o Simpósio Conceptual Design da Federação Internacional do Concreto (fib). Na ocasião, a engenheira Íria Doniak, presidente executiva da Abcic, terá assumido a presidência da entidade internacional
Kimura elogiou a situação atual das normas de estruturas no Brasil e que elas contribuem para que haja uniformidade nessa área em todo o país. Ressaltou também que a normalização é um processo dinâmico, envolvendo um trabalho voluntário e abnegado por parte dos profissionais que compõem as comissões de estudo. Por fim, lembrou que o país possui representatividade internacional e interação constante com importantes entidades mundiais, como a fib e a ACI (American Concrete Institute).
O evento teve a palestra “A Evolução da Nossa NB1, de OAEs Antigas e o Recorde Mundial na Mairinque – Santos”, ministrada pelo engenheiro Fernando Stucchi, sócio-diretor da EGT Engenharia e professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Ele versou sobre o caso do viaduto T5' marginal Pinheiros, apresentando diagnostico, atividades construtivas, elevação e reforço; sobre o histórico e prova de carga TT45 da Ponte Eusébio Matoso; e sobre a primeira ferrovia em concreto armado, a Ferrovia Mairinque Santos, que também alcançou o recorde mundial em Arco, com 75 metros em 1936.
Outro ponto tratado por Stucchi foi a participação brasileira na fib, nos trabalhos para a revisão do Model Code 2020, e na revisão do ACI318 de 2019. Sobre o MC2020, Stucchi comentou que o grupo responsável pela revisão passou de 20 revisores, quando foi lançado o MC2010, para 44 revisores. “Nesta primeira revisão, o Brasil foi responsável pelo maior conjunto de comentários”, pontou. Na atual versão, o Model Code está estruturado com nove partes e cerca de mil páginas. “Devemos ainda fazer uma segunda revisão e aprovação do texto final”.
O palestrante Alio Kimura, com o presidente da ABPE, Sergio Hampshire, e Íria
Ele ressaltou ainda que, desde 2008, a delegação brasileira na fib tem procurado expressar a avaliação de que o Model Code é especialmente importante para os países pobres, que tem dificuldade de realizar pesquisas científica e precisam de normas menos conservadoras. Desse modo, em 2022, com a questão premente da sustentabilidade, ACI e fib decidiram formar um grupo especial de comparação de normas. “Convidaram CI318-fibMC2010-EC2 e, surpreendentemente, a ABNT NBR 6118. Com isso, pelo lado brasileiro, tivemos a participação dos engenheiros Julio Timerman, Paulo Helene, Nelson Covas, Alio Kimura, Adriana Patricia de Oliveira Silva”.
O professor Fernando Stucchi falou sobre a evolução da NB1 e dos avanços do MC2020 da fib
O engenheiro João Alberto Vendramini, diretor da Vendramini Engenharia, tratou do tema “Estudo de Vento em Marquises”, trazendo as informações sobre esse estudo muito abrangente das ações do vento em marquises, usuais das edificações de estocagem, armazenamento e centros de distribuição. Foram estudados em túnel de vento 4 modelos de marquises diferentes, isto é, dimensões e posições relativas ao solo, com variação da direção do vento de 15 em 15 graus, de zero a 360 graus.
“O estudo foi desenvolvido com e sem a presença de veículos sob as marquises, com 3 configurações diferentes de veículos, e teve como objetivo entender os efeitos do vento nas marquises, nas diferentes configurações de veículos e para várias direções de vento, com a medição dos coeficientes de pressão externos na marquise”, disse. Os resultados obtidos nos ensaios foram analisados e comparados com aqueles prescritos pela ABNT NBR 6123:1988 – Forças devidas ao vento em edificações.
O engenheiro João Alberto Vendramini tratou do estudo de vento em marquises