Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 15 - dezembro de 2018

ARTIGO TÉCNICO

CONTRIBUIÇÃO DA ALVENARIA PARTICIPANTE NA RIGIDEZ LATERAL DE PÓRTICOS PRÉ-MOLDADOS DE CONCRETO

Figura 10 – Planta baixa do edifício com alvenaria participante em destaque
Fonte: cedido por Leonardi Construção Industrializada

Trata-se de um edifício comercial de 9 pavimentos mais ático, localizado na região de Campinas (SP), com vigas de 40x80cm e 25x80cm, pilares externos de 40x70cm e internos de 60x80cm e 30x80cm, sobrecarga de 5kN/m2, capa de concreto sobre laje de 5cm de espessura, laje tipo alveolar de 20cm de espessura e pé direito de 4m. A ação do vento foi determinada conforme orientação da ABNT NBR 6123:1988.
Para determinação da largura da diagonal comprimida utilizou-se as recomendações do projeto de norma. Para as paredes, as resistências foram estimadas a partir da resistência do bloco (12MPa). Simplificadamente, considerou-se a diminuição de 20% na resistência à compressão, por admitir argamassa apenas nas laterais, além da relação de resistências entre prisma/bloco de 0,75. O módulo de elasticidade foi determinado com sendo E = 800 fPK Conforme recomendação do projeto de norma, diminui-se a rigidez da parede participante pela metade para uma maior segurança e não foi considerada a contribuição da laje na seção composta da viga para cálculo de sua inércia. Assim, foram identificadas as seguintes propriedades físicas e geométricas da parede e pórtico:
H = 3200 mm (4,0m – 0,80m viga)
L = 10000 mm
Ea = 2880 MPa
Ep = 35417 MPa
tap = 100 mm [2x(25+25)]
Ip = 800(400)3/12 = 4266,67.106 mm4
Iv = 400(800)3/12 = 17066,67.106 mm4
θ = tan-1 (2,2/10) = 12,41o
O comprimento de contato horizontal e vertical são calculados a partir das Equações 12 e 13:


A largura da diagonal comprimida efetiva deve ser tomada como:

Não podendo exceder um quarto do comprimento dado pela Equação 14.

sendo este o valor adotado na análise.
Com os dados das ações horizontais e o carregamento vertical, a análise pelo software SAP2000 foi realizada (Figura 11). Os deslocamentos horizontais em cada pavimento foram utilizados para calcular o gama Z da estrutura. Na Tabela 1, apresenta-se os dados encontrados para cálculo do gama Z.

Figura 11 – Deslocamento horizontal – edifício sem preenchimento

Tabela 1 – Dados para cálculo γz sem preenchimento

O valor de γz para cada combinação de carregamento é dado pela Equação 15.

onde:
M1,tot,d é o momento de tombamento, ou seja, a soma dos momentos de todas as forças horizontais da combinação considerada, com seus valores de cálculo, em relação à base da estrutura;
?Mtot,d é a soma dos produtos de todas as forças verticais atuantes na estrutura, na combinação considerada, com seus valores de cálculo, pelos deslocamentos horizontais de seus respectivos pontos de aplicação, obtidos da análise de 1ª ordem.
a) Somatório dos produtos das forças verticais atuantes na estrutura (?Mtot,d)
Na combinação de ações, a ação do vento é tomada como principal, sendo assim a ação variável vertical é tida como secundária e, portanto, minorada por ψ0 = 0,7. Como foi considerado os efeitos de 2º ordem (desvios gerados na construção) não é necessário considerar o γf3 = 1,1 do ponderador no cálculo do deslocamento horizontal de 1ª ordem. Assim, para o cálculo de ?Mtot,d, tem-se:

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