DE OLHO NO SETOR
Sua trajetória profissional foi marcada por diversos desafios, que para ela foram igualmente oportunidades, como a decisão de fazer parte do seu doutorado em Paris (França), em 2007; participar de um programa de desenvolvimento e capacitação no exterior, em 2012, para aprender sobre desempenho ambiental e avaliação do ciclo de vida (ACV) em Grenoble (França).
“Atualmente, tive a oportunidade de integrar a equipe de pesquisadores principais para a criação de um CCD – Centro de Ciência e Desenvolvimento para cidades carbono neutro – com apoio da FAPESP e de importantes empresas brasileiras e instituições não governamentais”, diz Luciana, que reforça que foi essencial ter seu marido e filho ao seu lado nestas oportunidades.
Sobre a participação de mulheres no setor, a diretora da unidade de negócios de HE do IPT comenta que isso tem sido crescente, principalmente, naquelas em áreas que a sensibilidade e a organização são requisitos importantes, como na gestão de projetos, pessoas, ambiental etc. “Entretanto, a partir do cargo de gerente, a participação diminui e um dos motivos é a função “tripla” da mulher: trabalho, casa, família (filhos, marido e pais), situação em que somente uma mudança estrutural na sociedade poderia “ser minimizada”", pondera.
Para ela, é preciso estar sempre atenta e estudando nesta carreira, pois os aprimoramentos, tanto nas relações internas quanto externas precisam ser constantes. “Aprendi que o mais importante é estar pronto para “ouvir” e em contato (presente) com a equipe, parceiros e clientes”, pontua.
Formada pela FEI – Faculdade de Engenharia Industrial, com mestrado e doutorado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Luciana participou de um programa de intercâmbio de estágio na Universidade de Povos Amigos de Moscou, Rússia, na área de pré-fabricação em concreto. Ao voltar para o Brasil, trabalhou no setor até iniciar seus trabalhos no IPT. “Tive a oportunidade de participar de diversos projetos desafiadores, como a criação do SiNAT – Sistema Nacional de Avaliação Técnica do PBQP-H/ Ministério das Cidades e o acompanhamento de obras e vistoria de unidades finalizadas de Conjuntos Habitacionais, visando melhoria da qualidade e desempenho. Ultimamente, os projetos tem se tornado mais desafiadores, pois adicionam as temáticas de sustentabilidade e inteligência artificial”, finaliza.