DE OLHO NO SETOR
Evento da CBIC contou com a participação do vice-presidente Hamilton Mourão e do vice-presidente do próximo governo Geraldo Alckmin, que recebeu do grupo Construção é + suas recomendações para alavancar a industrialização do ecossistema da construção
Ao mencionar o momento de transição política pelo qual passa o Brasil, destacou que a construção precisa estar inserida no processo de evolução e que não é possível que continue com 2,6% do PIB, quando nos EUA é de cerca de 7%. “Por isso, temos uma janela de oportunidades enorme. Estamos organizados, unidos, em um grupo muito coeso, que trabalha em prol de um bem comum, que vai ajudar o nosso setor a galgar pontos mais altos, porque é o que o Brasil precisa. Temos que pensar grande”, afirmou.
Ele enfatizou que o setor aprendeu a se reinventar, inovar e crescer na adversidade. “Saímos de 2 milhões de trabalhadores com carteira assinada e fomos para 2,5 milhões. Crescemos 25% nos dois anos de crise sanitária”. Falou ainda que a construção é inclusiva e precisa se manter competitiva, com a sustentabilidade como foco. Além disso, é necessário trabalhar dois pontos: a infraestrutura menor, ou seja, aquela complementar as grandes obras estruturantes, e outras formas de financiamento no setor imobiliário.
Felipe Cassol e Íria Doniak são recebidos pelo presidente da CBIC, José Carlos Martins
O vice-presidente da República enalteceu a construção civil, ao dizer que o setor sempre foi um dos motores do desenvolvimento do Brasil e exerce papel fundamental nessa retomada do emprego e crescimento da economia no período pós-pandemia. Falou ainda sobre a proposta de transformação profunda da realidade brasileira, por meio conformação do novo ambiente de negócios do nosso país, que trouxe segurança e estabilidade, resultando na construção de um ambiente econômico mais eficiente e competitivo.
“A construção civil demonstrou nos últimos anos uma elevada capacidade de expansão em um ambiente econômico mais eficiente e competitivo. O setor tem crescido acima da economia nacional e foi responsável pela criação de mais de 430 mil vagas de trabalho entre março de 2020 e maio deste ano, segundo a CBIC”, disse, mencionando que esse é o melhor resultado em termos de geração de empregos desde o ano de 2012.
Em seu pronunciamento, Mourão mencionou o compromisso do governo com uma agenda de modernização econômica, digitalização e desburocratização; a importância do investimento privado para o crescimento sustentável do país e para um ambiente de inovação e tecnologia; e o trabalho realizado para aprovação das reformas estruturantes, como a nova previdência.
Outros pontos tratados por ele foram o conflito entre Rússia e Ucrânia, a medida protecionista da União Europeia frente ao agronegócio brasileiros e a China como um protagonista no cenário global. “Encerraremos o ano com superávit em nossas conta. Não concluímos nossos planos, mas desejo que nos próximos quatro anos haja significativas mudanças para aumento da produtividade, com reformas estruturantes, privatização das empresas que não são sustentáveis. Assim, teremos condição de fazer nosso país sair da armadilha da renda média desde os anos 1980”.
Ainda participaram da abertura, os presidente da Anamaco, Geraldo Defalco, Abravidro, José Domingos Seixas, Abividro, Lucien Belmonte, Abramat, Rodrigo Navarro, e Afeal, Alberto Cordeiro.