INDUSTRIALIZAÇÃO EM PAUTA

Augusto Pedreira de Freitas: “Ao se projetar com uma indústria que tem o selo, o projetista tem a segurança de que o que está sendo projetado será executado com todos os critérios e conformidade”

Freitas foi coordenador da Comissão de Painéis e ele afirma que com três anos de existência, mesmo tendo uma grande crise neste período, se verifica mais profissionais usando o sistema e discutindo a evolução de conceitos. “O consumidor final tem uma garantia de que o desempenho da estrutura recebida estará conforme a norma e o meio técnico tem um importante canal de discussões sobre evoluções técnicas nesta especialidade”.
Por fim, Inês afirma que as estruturas pré-fabricadas de concreto, além de atender a requisitos de segurança e qualidade previstos nas Normas Brasileiras de forma geral para o projeto estrutural e para os materiais utilizados, devem ainda ser capazes de responder a ações específicas de movimentação a baixas idades, armazenamento, transporte e montagem; ações essas muitas vezes mais expressivas do ponto de vista de solicitação no estado limite último do que as ações previstas no projeto de estruturas moldadas no local. 

O contexto atual e o futuro
“Nosso objetivo sempre foi ter 100% das associadas dentro do programa. A recente crise econômica pela qual o país passou fez com que algumas empresas que estavam em implantação adiassem as auditorias. No entanto, tendo a norma N2 do selo como norte muitas empresas já possuem procedimentos implementados e tem avançado no desenvolvimento de seus processos”, relata Íria.
Mesmo durante a pandemia da Covid-19, o trabalho realizado pelo Instituto Falcão Bauer não parou. A Abcic estabeleceu um Protocolo de Saúde tendo como referência o material publicado pela CBIC (Câmara Brasileira da Industria da Construção) que, proativamente, foi incorporado ao Selo de Excelência ABCIC como item de verificação e acompanhamento durante as avaliações. Conforme conta Assoni, ele já está valendo para a retomada das auditorias presenciais no mês de setembro e deverá ser mantido como boa prática em suas avaliações.
As ferramentas de gestão do Selo foram importantes para esse período de pandemia, na opinião das indústrias, pois ajudou a melhorar o processo quanto à prevenção, controle e mitigação dos riscos de transmissão da Covid-19 no ambiente de trabalho. Também as ações implementadas seguiram o padrão usual de treinamentos e levantamento de ações visando proteger ao máximo a saúde dos colaboradores. 
De acordo com Íria, os próximos passos serão estabelecer o ciclo de vida das estruturas pré-fabricadas de concreto bem como dos painéis de fachada e desenvolver as declarações ambientais de produto, EPDs (Environmental Product Declararation), fundamentais para o desenvolvimento de projetos sustentáveis. “O nível III já traz os conceitos básicos necessários alinhados com o ciclo de vida modular proposto pelo Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), abordando os principais aspectos relacionados a resíduos, uso consciente de recursos como água e energia e emissão de CO2”. 
Íria recorda que o Selo de Excelência Abcic é uma referência internacional em sustentabilidade. O Nível 3 está publicado no boletim 88 da fib  (International federation for structural concrete), Sustainability of Precast  Structures. “Seguramente, face aos desafios propostos o Selo  de Excelência Abcic, é apenas o início de uma jornada que estamos trilhando  rumo ao desenvolvimento sustentável do setor e a competitividade”, finaliza. 
Todas as imagens foram cedidas pelas empresas que responderam a solicitação de informações para a elaboração desta matéria. São elas: Leonardi, Pré-Vale, Premodisa, Rotesma e Tranenge. A Abcic faz um agradecimento especial aos clientes do setor, Passarelli Engenharia e Construção e Lucio Engenharia, por seus depoimentos.