PONTO DE VISTA
Paralelamente a isso, estamos preparando uma oferta turística que inclui passeios por Lisboa e visitas a locais deslumbrantes nos arredores (Sintra e Cascais), e ainda uma ida à cidade do Porto, com visita às famosas caves de vinho do Porto e passeio de barco pelo Rio Douro.
As expectativas são muito altas: esperamos receber mais de 600 delegados e proporcionar um congresso verdadeiramente inesquecível, tanto do ponto de vista técnico-científico quanto pela experiência turística.
Qual foi sua percepção sobre a pré-fabricação no Brasil e sobre as visitas feitas aos centros de pesquisa em São Carlos (NETPre e EESC-USP)?
Minha percepção sobre a pré-fabricação no Brasil foi extremamente positiva. No 4º PPP, que ocorreu no auditório da Marka, pude testemunhar o dinamismo do setor. Fiquei muito impressionado com vários aspectos, entre eles:
(i) o dinamismo da Abcic, fruto da visão e iniciativa da sua presidente executiva, Eng.ª Íria Doniak, e da sua equipe, pequena, mas muito competente;
(ii) a efetiva colaboração da academia, que teve sua origem na USP São Carlos com o Prof. Mounir El-Debs, responsável pela formação de muitos outros especialistas;
(iii) a ligação às empresas de projeto e às comissões que elaboram as normas brasileiras; e
(iv) o empenho das empresas de pré-fabricação, que reconhecem o valor que a Abcic representa e que sabem unir-se em prol de um benefício comum.
Embora a concorrência entre elas pudesse, no início, dificultar a colaboração, as pré-fabricadoras brasileiras entenderam que “a união faz a força” e que há um vasto mercado a ser conquistado. Retive as palavras do Eng. João Carlos Leonardi, que destacou que, se todas as pré-fabricadoras brasileiras se dedicassem à construção verticalizada, não conseguiriam atender sequer 2% do mercado da construção. Ou seja, existe ainda um enorme potencial a ser explorado. Essa colaboração integrada entre Pesquisa, Projeto e Produção representa, portanto, uma enorme mais-valia para o setor.
Qual a expectativa para o PPP, em 2027, agora Luso-Brasileiro?
Eu acredito verdadeiramente que brasileiros e portugueses têm muito a ganhar ao trabalharem em conjunto. Partilhamos a língua e a cultura. Se soubermos colaborar no âmbito da construção industrializada em concreto, poderemos afirmar-nos tanto no vasto mercado brasileiro quanto no europeu, conquistando cota de mercado da construção tradicional. O 1º Encontro Luso-Brasileiro Pesquisa-Projeto-Produção em Concreto Pré-Moldado pode ser um catalisador dessa colaboração, muito proveitosa para ambas as partes. O mais importante é a atitude. Tenho certeza de que todos temos muito a aprender uns com os outros e que o potencial do trabalho conjunto é imenso.