GIRO RÁPIDO
Professor Oswaldo Cascudo (coordenador técnico CGO), terceiro da esquerda para direita, Íria Doniak (Abcic) e Hidebrair Freitas (presidente do Sinduscon Goiás), e ex-presidentes e diretores da entidade
Íria Doniak, Carlos Gennari e Carlos José Martins Tavares, com José Carlos de Oliveira Lima, Presidente dos Conselhos Deliberativos e Roberto Petrini, Presidente Executivo do SINAPROCIM/SINPROCIM
O setor da construção esteve reunido no dia 9 de dezembro para o evento de confraternização da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) que, na ocasião, homenageou o maestro João Carlos Martins, regente da Orquestra Bachiana Filarmônica Sesi-SP. A engenheira Íria Doniak, presidente executiva da Abcic, e Carlos Gennari, presidente horário do Conselho Estratégico da entidade, participaram da celebração.
Os empresários e representantes de entidades setoriais puderam acompanhar o espetáculo "Indústria 2025: Da Inspiração à Transformação", que mostra algumas das vidas que foram transformadas pelo maestro.
Maestro João Carlos Martins ao lado de Íria Doniak e Hermano Pinto, conselheiros do CONSIC e COINFRA, da Fiesp, respectivamente
A Semana Nacional da Engenharia, organizada pelo Instituto de Engenharia em conjunto com a ConVisão CNC, reuniu, em cinco dias de evento, mais de 40 horas de conteúdo, com 82 palestrantes, entre eles autoridades públicas, executivos de empresas, especialistas, diretores e ex-presidentes do Instituto, além de várias personalidades que receberam o título de Eminente Engenheiro do Ano. O evento mostrou-se como um espaço essencial para o debate, a troca de ideias e a construção de parcerias estratégicas, refletindo a importância da engenharia na transformação do Brasil.
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, compartilhou sua visão sobre o desenvolvimento e a reindustrialização brasileira, e o ex-presidente Michel Temer, abrangeu os temas de segurança jurídica e reforma tributária relacionada à engenharia.
A engenheira Íria Doniak, presidente executiva da Abcic, foi convidada para um painel que tratou de habitação e construção industrializada. Ela apresentou a pesquisa realizada pela McKinsey sobre a industrialização como uma disrupção na construção e a pesquisa da FGV, a pedido do Modern Construction Show, que informa que 64,5% de um universo de 510 empresas já utilizaram sistemas construtivos industrializados.
Mencionou o projeto de escolas pré-fabricadas da Prefeitura do Rio de Janeiro, que demonstrou várias vantagens na gestão da obra, eliminando a necessidade de aditivos contratuais, além de que, ao utilizar lajes protendidas pode otimizar o espaço, permitindo a criação de milhares de novas vagas escolares. Nesse contexto, a sustentabilidade, muitas vezes limitada ao aspecto ambiental, deve ser vista de forma mais ampla, como um tripé: social, ambiental e econômica. Como observou Íria, não adianta uma solução bem elaborada se ela não for economicamente viável ou não atender à dimensão social da sustentabilidade.
Para que a construção industrializada seja realmente eficaz, é essencial que a arquitetura e a engenharia sejam desenvolvidas com esses sistemas em mente. Maria Teresa Diniz, diretora de projetos e programas da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), afirmou que é que a industrialização e o uso de ferramentas como o BIM não resolvem tudo. “Podemos até ter um projeto industrializado, mas se a arquitetura for mal executada, acabaremos apenas reproduzido erros em larga escala”, explicou.
A industrialização também foi lembrada para vencer o desafio da produtividade e da escassez de mão de obra qualificada, tanto intelectual, quanto operária.