Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 26 - setembro de 2022

DE OLHO NO SETOR

IBRACON celebra Jubileu de Ouro, projetando os desafios para os próximos 50 anos

Evento contou com a participação da ABCIC, que foi representada pelo presidente do Conselho Estratégico, Felipe Cassol, e pelo presidente Honorário, Carlos Gennari.

Paulo Helene: "Seguiremos nessa jornada por novos 50 anos, superando os grandes desafios que o futuro nos apresentará."

O Instituto Brasileiro do Concreto (IBRACON) completou cinco décadas de trajetória para o desenvolvimento da engenharia brasileira no dia 23 de junho de 2022. Para comemorar essa data, mais de uma centena de convidados e profissionais representantes de todos os segmentos da cadeia do concreto reuniram-se no auditório da Engenharia Mecânica do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT), onde foi assinada a ATA de fundação do Instituto.

Estiveram presentes os fundadores do IBRACON: Simão Priszkulnik, Francisco de Assis Basílio, Vladimir Paulon, Eduardo Serrano e Claudio Sbrighi Neto (que foi o mestre de cerimônia), o presidente da Companhia de Saneamento de São Paulo (Sabesp), Benedito Braga, representando do governador Rodrigo Garcia, o secretário de Infraestrutura Urbana e Obras da cidade de São Paulo (SIURB), Marcos Monteiro, a diretora administrativa-financeira do IPT, Flávia Motta, o presidente da Associação Brasileira de Normas Técnicas, Mário William Esper, o presidente do Instituto de Engenharia de São Paulo, Paulo Ferreira. Pela ABCIC, participaram o presidente do Conselho Estratégico, Felipe Cassol, e o presidente Honorário, Carlos Gennari. 

O professor Paulo Helene, presidente do IBRACON, afirmou que a instituição, com 50 anos, é reconhecida por sua contribuição e conduzida por pessoas que se dedicam ao tema concreto. "É um pouco de nossa paixão", disse. Em seu discurso, ele resgatou a contribuição do concreto para a sociedade, as motivações que levaram à fundação do IBRACON e o que o Instituto tem feito em prol do concreto e da sociedade nesses cinquenta anos de atividade.

Segundo Helene, em pouco tempo, o concreto se tornou o maior produto da construção, um grande recurso para a humanidade. Em 1824, Joseph Aspdin patenteou como construir uma rocha artificial, ou seja, o cimento Portland. Em 1892, François Hennebique patenteou o concreto armado. E, em 1928, Eugene Freyssinet desenvolveu o concreto protendido. A primeira norma brasileira na área foi publicada em 1940. 

"Desde cedo, compreendi a importância do concreto, não apenas para estabilidade, durabilidade e evoluções das construções em todo mundo, mas também para o progresso do homem, abraçando seu verdadeiro compromisso com a segurança, as pessoas e o bem-estar", comentou Helene. 

Sobre a fundação do IBRACON, Helene contou que, no início da década de 1970, a alta demanda por obras no Brasil e especificamente um convênio entre a Sabesp e o IPT levaram um grupo de profissionais a organizarem colóquios para discutir a permeabilidade e a durabilidade do concreto, que, por sua vez, resultou na fundação do instituição. “Durabilidade e permeabilidade do concreto eram novidades quando o IBRACON foi fundado. Na época, havia uma falsa crença de que as estruturas eram eternas e que bastavam ser seguras e estáveis. A ênfase quanto ao projeto estrutural era dada apenas à resistência e à estabilidade da estrutura”, esclareceu.

Felipe Cassol, presidente do Conselho Estratégico da ABCIC, e Carlos Gennari, presidente honorário da Abcic participaram da celebração dos 50 anos do Ibracon

Esta foi, portanto, a primeira contribuição técnica do IBRACON para o setor construtivo: introduzir no meio técnico-profissional e nas normas técnicas de concreto os conceitos de permeabilidade e durabilidade. Ele citou também outras contribuições como: a disseminação dos conceitos de vida útil, adições e sustentabilidade, em 1980; disseminação dos concretos de alto desempenho, de alta resistência, com fibras, autoadensável, na década de 1990; a contribuição para o Brasil bater recorde mundial de resistência de concreto em pilares de edifício, em 2000, com o e-Tower, em São Paulo, que teve em média 125 MPa; e a contribuição, em 2008, para que a norma ABNTNBR 6118 - Projeto de estruturas de concreto —Procedimento fosse internacionalmente reconhecia pela ISO, como uma norma segura e confiável equiparada às do ACI e do Eurocode. Já, ano passado, ajudou para que o Brasil vencesse o primeiro e segundo lugar do Prêmio ACI de edifícios altos e melhores obras de infraestrutura.

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