Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 33 - dezembro de 2024

DE OLHO NO SETOR 3

Importância e contribuição do pré-fabricado de concreto para a construção civil esteve em evidência nos principais eventos do setor


O 65ª Congresso Brasileiro do Concreto reuniu mais de 1200 pessoas e que teve como tema central “Inovações Tecnológicas nas Construções de Concreto”.


A Abcic esteve presente no Congresso Brasileiro do Concreto, do IBRACON, no Encontro Nacional de Engenharia e Consultoria Estrutural, da ABECE, e no evento sobre sustentabilidade na construção civil, realizados em outubro, salientando a interface da industrialização com a engenharia e da incorporação imobiliária

O 65º Congresso Brasileiro do Concreto, maior evento de divulgação técnico-científica das estruturas de concreto, apresentou inovações tecnológicas para mitigar emissões de carbono no setor construtivo, entre outros assuntos. Promovido pelo Instituto Brasileiro do Concreto (IBRACON), o Congresso reuniu mais de 1200 pessoas de 22 a 25 de outubro, no Centro de Convenções de Maceió.

O engenheiro Julio Timerman, presidente do instituto, destacou as inúmeras horas de trabalho, reuniões, idas e vindas para viabilizar este importante evento, que teve como tema central “Inovações Tecnológicas nas Construções de Concreto”.

“Parece-nos bastante oportuno o debate sobre o tema, em função das estruturas cada vez mais esbeltas e arrojadas, de sistemas construtivos e materiais inovadores e também dos requisitos exigidos pela Norma de Desempenho e pela Norma de Dimensionamento das Estruturas de Concreto, a ABNT NBR 6118. Não obstante, o IBRACON tem um profundo respeito pela história e o advento do cimento e do concreto, e aqui cabe uma memorável, e não menos curiosa lembrança que nos foi trazida pelo colega Petrus Nóbrega: hoje faz 200 anos e 1 dia que Joseph Aspdin patenteou a “pedra artificial” em analogia a pedra Portland”, afirmou Timerman na solenidade de abertura, que contou com a participação da engenheira Íria Doniak, presidente executiva da Abcic.

Ele reiterou que “a engenharia brasileira tem um importante papel a cumprir no processo de integração da economia mundial que a globalização impõe a todos os países do mundo” e fez uma homenagem ao professor Augusto Carlos Vasconcelos, que completaria 102 anos, no dia 27 de outubro. Por fim, agradeceu as entidades coirmãs, incluindo a Abcic.

As mudanças climáticas estiveram em evidência nas palestras, que trouxeram soluções atuais e potenciais da engenharia do concreto para atacar suas causas – as emissões de dióxido de carbono – e para mitigar e nos adaptar a seus efeitos.

O evento teve três palestras magnas, proferidas pelo embaixador do American Concrete Institute (ACI), professor Hani Nassif, que tratou sobre o desenvolvimento de traços de UHPC para reforço de pontes nos Estados Unidos, pelo vice-presidente da Associação Internacional para a Engenharia de Pontes e Estruturas (IABSE), Prof. José Matos, que falou sobre gestão de qualidade em pontes de concreto armado, e pela engenheira Íria, presidente eleita para a gestão 2025-2026 da International Federation for Structural Concreto (fib), que esmiuçou os capítulos do Código Modelo 2020 da fib, relacionados à sustentabilidade, servindo de parâmetro para o planejamento da durabilidade das estruturas novas e existentes de concreto.

A publicação, de 800 páginas, foi consensuada entre 1400 profissionais de 67 países, inclusive do Brasil. O Código Modelo foi também objeto de outra palestra ministrada por Íria no Seminário sobre normalização apresentado pelo professor Paulo Helene. Um dos requisitos que Íria destacou foi a possibilidade da adoção de resistência à compressão de projeto maior do que 28 dias prazo normativo para aferir este parâmetro de controle da qualidade das estruturas de concreto, desde que atendam as 3 premissas estabelecidas no MC 2020, de estar em acordo com o projetista da estrutura, estudados caso a caso e com avaliações específicas de parâmetros de durabilidade onde seja imperativa. As vantagens técnicas, econômicas e ambientais dessa medida foram explanadas por Helene em sua palestra no Seminário “O Estado da Arte em Normalização de Concreto”, que trouxe também novidades quanto às normas técnicas brasileiras em relação à sustentabilidade, durabilidade, estanqueidade e segurança contra o fogo.

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