DE OLHO NO SETOR
Diferentes contextos ressaltaram a industrialização em concreto como uma importante solução de engenharia ligada à transformação digital, para atender projetos de múltiplas áreas com produtividade, qualidade e sustentabilidade.
O foco de sua palestra foi a utilização desse sistema construtivo na superestrutura, infraestrutura, pontes enterradas e pontes em arco. No primeiro caso, ele trouxe os diferentes tipos de elementos, como o tipo painel, seção caixa, T invertido, viga seção I, seção U e seção completa. Sobre a seção I, ele lembrou que há a possibilidade de usar a viga I com pré-tração, o que possibilita atingir vãos maiores ou fazer uma mesa superior mais larga, a fim de dispensar a laje. Ele comentou também sobre a interação de elementos adjacentes ao longo dos vãos.
Sobre a infraestrutura, ele afirmou que muitas aplicações recentes foram alavancadas pelo Sistema ABC, que tem trazido novas soluções em pilares, travessas, encontros, bem como muros de ala, elementos de fundação, pilar de pontes. Mostrou ainda alguns exemplos de sistemas pilar-travessa e de como é feita as ligações nesse tipo de construção.
O professor Mounir também apresentou algumas aplicações em pontes enterradas. Em sua análise, como as pontes tem entre 20 metros e 30 metros de vãos, ao invés dessa denominação, poderiam ser chamadas de galerias. “Esse tipo de construção seria interessante para substituições de pontes, por exemplo”, pontuou. Como características favoráveis estão a pequena altura da construção, o que facilita o atendimento aos gabaritos ou reduzir a altura do greide no caso das passagens interiores; não necessitam de fundação; integração entre todas as partes da estrutura; apelo estético e rapidez. Por outro lado, há o risco de entupimento. Por fim, ele citou algumas aplicações em pontes em arco.