DE OLHO NO SETOR
O Encontro Nacional de Engenharia e Consultoria Estrutural (ENECE), o Concrete Show Xperience e o Seminário Tecnologia de Estruturas apresentaram cases e avaliações sobre a importância da aplicação do sistema construtivo para alcançar benefícios de produtividade, sustentabilidade, racionalização, qualidade e atendimento de prazos e cronograma
Engenheiro Augusto Pedreira de Freitas comentou sobre o crescimento da aplicação da construção industrializada de concreto ao longo dos anos e ressaltou os benefícios do sistema construtivo. Ao final da palestra, a engenheira Íria Doniak mediou o debate com interação do público participante
Clara apresentou o case do edifício que esteve na matéria de capa da edição 20 da Industrializar em Concreto, o Dynamic Faria Lima, edifício de esquina de seis andares e dois subsolos com rooftop para área de convívio, no bairro de Pinheiros, sobre um terreno de antiga várzea de rio, com nível de água muito aflorado.
No Seminário, ele trouxe números que comprovam os benefícios da pré-fabricação em concreto, como por exemplo, a redução do prazo de execução de 150 para 90 dias, sendo 76 efetivamente trabalhados. E mostrou comparativos sobre custo de metro quadrado industrializado nos Estados Unidos e na Europa, em torno de US$ 3 mil, comparado ao do Brasil, de US$ 785, e ainda com câmbio de R$ 4 por US$ 1.
O diretor da Lucio disse que outras soluções de industrialização chegaram a ser estudadas, e as escolhas feitas se deveram ao fato de a empresa ter alguma experiência prévia nelas. Para a estrutura de concreto, foram aplicados pilares e vigas pré-fabricadas, e lajes alveolares da Leonardi Construção Industrializada.
Já Oggi ressaltou a necessidade da industrialização para a atender o déficit de 7,8 milhões de moradias e comentou sobre a possibilidade de transformar o canteiro de obras em um canteiro de montagem de elementos industrializados, como os painéis, painéis de fachada, lajes, escadas, a caixa de corrida do elevador, varandas, banheiros prontos, entre outros. Para isso, é necessário usar mais as ferramentas do BIM.
Segundo ele, a industrialização da parte de estrutura, alvenaria e cobertura responde por 36% de industrialização da construção. “Se nós acrescentarmos também elementos componentes na parte de instalações chegaremos em 56% de um total de 90%. Quer dizer, estamos muito próximos de uma industrialização plena”, afirmou.