Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 30 - dezembro de 2023

DE OLHO NO SETOR

Industrialização em concreto amplia produtividade e sustentabilidade nos empreendimentos imobiliários

Painel promovido na primeira edição do Rio Construção Summit reuniu todos os agentes do processo construtivo para debater os desafios, as oportunidades e os benefícios da pré-fabricação em concreto em edificações

A apresentação de Clara enfatizou a evolução significativa no conceito de incorporação de elementos pré-fabricados nos empreendimentos da Lucio Engenharia desde 2014 e a necessidade de se criar um sistema em que passassem a ser gerenciadores dos seus produtos e não executores. A industrialização, desse modo, foi abordada de forma profunda em seu modelo de negócio, sendo o Manual da Construção Industrializada, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), um balizador nessa abordagem.

 “Nessa época, demonstramos as vantagens da instalação de mais de trezentas varandas em um edifício comercial com 30 mil m² de construção. Esse exemplo ressaltou as vantagens de utilizar elementos que já saem prontos de fábrica, eliminando a necessidade de acabamentos, balancins, forros e outros itens, como seria necessário em uma abordagem convencional”, contou Clara. Também trouxe a evolução dos edifícios-garagem, que resultou em benefícios significativos de custo e prazo em três projetos distintos, e demonstrou a transformação de um projeto convencional de um edifício corporativo em Pinheiros em um conjunto de sistemas pré-fabricados, com a estrutura executada pela Leonardi. “O sucesso dessa iniciativa levou à realização de mais três projetos semelhantes, aplicando-se os mesmos princípios de industrialização. É um caminho sem volta”, reforçou.

O projeto circuito de compras São Paulo, ou a nova feira da madrugada foi o exemplo retratado pelo arquiteto da JLM Arquitetura. “Dentro do mesmo sistema de malha estrutura , sem a necessidade de transição com modificações, pudemos adequar um grande terminal rodoviário privado, mais de 5 mil lojas distribuídas em três pisos e mais de 2500 vagas”, comentou. A montagem da obra executada pela Protendit foi muito limpa e rápida e a manutenção da obra de 240.000 m² também é bem reduzida porque a grande maioria dos sistemas, incluindo o fechamento, é industrializada.

Outro case citado foi o Residencial Ecoparque, situado em Cascavel, no Paraná, onde serão produzidos dezenas de prédios pelo sistema de painel portante. A produção dos elementos será feita na indústria, dentro do empreendimento, utilizando o sitema carrossel, com as peças sendo transportadas para o local de montagem.  Segundo o projetista de estruturas, os painéis portantes são estruturais e formam a estrutura do edifício, com a vedação entre cômodos e unidades. O  processo de montagem dos painéis com ligações garantem a estabilidade e durabilidade da edificação. O único ponto que é concretado no local é a capa da laje, com o objetivo de dar o monolitismo que a estrutura exige. “Não se trata de um sistema novo. Mas trata-se de uma evolução do sistema. Tornando-o muito industrializado e com baixíssimo desperdício de materiais, além de uma montagem muito ágil e assertiva”.

Sustentabilidade

Nesse projeto, Freitas relata os aspectos da sustentabilide, como a redução de desperdício de materiais, a inexistência de formas de madeira que seriam descartadas ao final da obra, a não necessidade de revestimento. Em termos sociais, os profissionais trabalham operando equipamentos de produção dentro da indústria e montagem no canteiro. 

“É evidente que obras que empregam pré-fabricados apresentam menos desperdícios, uma vez que não há necessidade de caçambas para o descarte de entulhos nesse tipo de construção. Os elementos são produzidos com um controle extremamente rigoroso, e a tecnologia está direcionada para peças mais esbeltas e com desempenho superior em comparação com elementos moldados "in loco". Isso representa a aplicação prática da desmaterialização em nossos empreendimentos”, avaliou Clara.

No quesito econômico, que é um dos tripés da sustentabilidade, Lago mencionou a redução dos custos indiretos e a diminuição dos custos de manutenção, pois a o sistema construtivo tem menor depreciação, pela qualidade e durabilidade dos elementos produzidos em fábrica. 

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