INDUSTRIALIZAÇÃO EM PAUTA
Os investimentos realizados pelo setor de estruturas pré-fabricados de concreto têm resultado em uma indústria alinhada com as tendências internacionais em termos de inovação tecnológica e desenvolvimento sustentável, que beneficia o mercado da const
Em paralelo ao investimento da indústria para dar respaldo ao desenvolvimento do setor, a Abcic tem se movimentado no sentido de manter as normas técnicas do segmento atualizadas consonantes com o estágio atual de evolução da indústria e preparadas para o futuro, alinhando com as tendências internacionais. Apesar da crise e das dificuldades enfrentadas pelo setor e do menor volume de investimentos, as empresas continuam buscando inovações. Nesse sentido, há uma série de exemplos de iniciativas arrojadas e inovadoras espalhadas por diversas regiões do país. “É preciso diferenciarmos, no entanto, aspectos já consolidados na indústria nacional, mas que ainda não estão implementados em 100% das indústrias, como o concreto auto adensável, por exemplo, das ações de inovação efetivamente considerando o setor como um todo", explica Íria Doniak, presidente executiva da Abcic.
Tecnologia de Concreto adotada na indústria vem possibilitando melhor acabamento das peças
Segundo o UK Innovation Report 2003, inovar é explorar com sucesso novas ideias. “Ou seja, é necessário que se possam auferir resultados. Dentre as várias possibilidades de inovar, aquelas que se referem a inovações de produto ou de processo são conhecidas como inovações tecnológicas. Outros tipos de inovações podem se relacionar a novos mercados, novos modelos de negócio, novos processos e métodos organizacionais. Ou, até mesmo, novas fontes de suprimentos", define Íria.
Apesar de o concreto auto-adensável, que já está implementado em mais de 50% da indústria, ser visto por algumas empresas individualmente como inovação em seu processo, para o setor a inovação no que diz respeito à tecnologia do concreto refere-se à introdução do UHPC (ultra High Performance Concrete), especialmente se for levando em conta que 60MPa já é uma resistência correntemente atingida. “Trabalhar com resistências mais elevadas é inerente ao processo e vital para o desenvolvimento da indústria. É inerente ao processo porque se temos que liberar uma peça protendia com 21,0MPa e isto pode ocorrer com horas da peça concretada, dependendo do ciclo de produção de cada indústria e evidente que mesmo o fck de projeto sendo 35,0MPa a peça atingirá muito mais com 28 dias", comenta Íria.
Em artigo publicado na edição de abril da revista FCI - Fábricas de Concreto Internacional, com o título Concreto de Alto Desempenho utilizado para a redução do Impacto Ambiental e Sustentabilidade, o engenheiro Paulo Helene afirma que os concretos de elevada resistência, apesar de apresentarem um maior consumo de cimento pela redução do volume a ser utilizado possibilitando soluções mais esbeltas, são mais sustentáveis. Tal pensamento é comprovado pela indústria que busca reduzir o peso dos elementos agregando concretos cada vez mais com desempenho elevado. "O fato das nossas indústrias terem seus próprios laboratórios e terem um controle de qualidade já estabelecido, bem como histórico de dados para avaliação, permite que suas equipes tenham muito mais disposição e segurança para inovar, investir na implantação de algo mais elaborado, sem ter trilhado etapas anteriores de implantação de conceitos de qualidade e obter bons resultados é tão impossível como colher sem plantar. Muitos naufragam por terem queimado etapas e têm dificuldades simplesmente de manter um desvio padrão normalizado na produção de concreto. Sem um controle efetivo é impossível obter resultados", complementa Íria.
Aplicação de Laser Scanner e Laser Tracker em estruturas pré-fabricadas