GIRO RÁPIDO
Outros temas discutidos foram: panorama e perspectivas para o B20 Brasil, estratégias da CNI para a COP28, Reforma Tributária, e cenário econômico para 2024.
Inovação tecnológica e neutralidade de carbono são destaques no 8º Congresso Brasileiro do Cimento
Entre 6 e 8 de novembro, o 8º Congresso Brasileiro do Cimento - CBCi 2023 reuniu mais de 300 participantes, entre os principais especialistas internacionais, autoridades e lideranças empresariais de setores integrados à cadeia produtiva da construção.
Organizado conjuntamente pela Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e pelo Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), esta edição debateu temas que interferem na qualidade de vida da sociedade e no desenvolvimento socioeconômico do país, tratando de se buscar atender às necessidades habitacionais, de urbanização e de logística de transporte.
O presidente da ABCP e do SNIC, Paulo Camillo Penna, destacou o momento especial da indústria brasileira de cimento, que completará seu primeiro século de existência. “Temos orgulho de nossa trajetória, mas ao mesmo tempo a clareza de nossa responsabilidade pelo futuro. Por isso, estamos aqui hoje tratando de temas que são urgentes para a cadeia de valor do cimento e da construção, o crescimento sustentável e os novos caminhos da indústria”, enfatizou.
Em sua fala, o presidente reforçou ainda o forte poder de encadeamento econômico da indústria do cimento. “Ela contribui para a evolução da economia, ampliação do emprego e acumulação de riqueza nas regiões. Porém, mais do que isso, ela gera bem-estar social. O parque industrial cimenteiro no Brasil possui 93 plantas, sendo 54 unidades integradas e 39 moagens, presentes em 82 municípios e em todas regiões do País. A cadeia produtiva do cimento é responsável por cerca de 75 mil empregos, dos quais 18 mil diretos, e pela geração de uma renda de 29 bilhões de reais ao ano, além de uma arrecadação líquida anual de mais de 3 bilhões de reais em impostos”, destacou.
Congresso Brasileiro do Cimento 2023 destacou o momento especial vivenciado pela indústria no país
A indústria brasileira do cimento apresentou as bases do Roadmap Net Zero para acelerar a transição rumo a uma economia neutra em carbono. O setor, que internacionalmente foi o primeiro a firmar um compromisso de neutralidade climática, em escala global, dentro do programa Race to Zero da ONU, agora avança no seu compromisso de neutralidade climática no Brasil.
A ideia do posicionamento da indústria nacional é partir do Roadmap Brasil – lançado em 2019 e que apontava meios para reduzir a emissão de CO2 na produção de cimento – e ampliar para o ciclo de vida do produto, incorporando o concreto, a construção, a eletrificação, entre tantas outras ramificações que permitam alcançar a neutralidade climática do setor até 2050.
O coprocessamento, atividade responsável pela transição energética na indústria do cimento, atingiu sua melhor marca em 2022, desde o início das medições. Foram 3,035 milhões de toneladas de resíduos processados, sendo 2,856 milhões de toneladas de combustíveis alternativos e biomassas e 179 mil toneladas de matérias-primas alternativas. Ao todo foram cerca 2,9 milhões de toneladas de CO2 evitados no período.
A atividade alcançou 30% de participação na matriz energética – antecipando a meta prevista para 2026. Já são 25,813 milhões de toneladas de resíduos coprocessados nos fornos de cimento de 1999 a 2022, ou seja, uma nova destinação aos resíduos, que deixam de ir para aterros e são transformados em energia ou substituem matérias-primas utilizadas pela indústria do cimento, preservando os recursos naturais em linha com a circularidade.