GIRO RÁPIDO
Demanda por máquinas para construção deve crescer em 2024
A demanda por máquinas para construção terá um viés positivo em 2024, após uma queda nas vendas estimada em 13% neste ano, alcançando 52,4 mil unidades comercializadas contra 60,3 mil unidades em 2022.
Segundo o inédito Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, a perspectiva é reverter o resultado alcançado neste ano, com um crescimento de 6% nas vendas de máquinas para construção no próximo ano. Especificamente para a linha amarela (movimentação de terra), a expectativa é de alta de 7% em 2024, diante de uma retração estimada em 21% neste ano ante 2022, com 31 mil unidades comercializadas.
O levantamento, apresentado durante o 18º Tendências no Mercado da Construção, no dia 23 de novembro, apontou ainda que o mercado de máquinas está otimista para 2024, com 76% dos empresários respondentes da pesquisa realizada por Mario Miranda, coordenador do Estudo de Mercado, avaliando que haverá crescimento nessa área no próximo ano. Para o setor da construção, a expectativa também é positiva para 54% dos entrevistados.
A Abcic é entidade apoiadora do evento. A engenheira Íria Doniak, presidente executiva da entidade e o arquiteto Paulo Santos, coordenador de Projetos Especiais, acompanharam o evento.
O economista Luís Artur Nogueira avaliou que o 2024 é um ano de transição, para um novo ciclo de crescimento a partir de 2025. Em sua análise, a demanda por máquinas deve ficar aquecida já no próximo ano, devido às obras de infraestrutura, advindas das concessões e do PAC, da perspectiva de um novo ciclo de crescimento na área imobiliária com a queda da taxa de juros e a retomada do programa Minha Casa Minha Vida.
Tendências no Mercado da Construção apresentou cenário econômico para 2024 e a importância da infraestrutura e da construção civil para o aumento da demanda por máquinas
A respeito do crédito, que foi considerado um dos principais desafios pelos entrevistados no Estudo de Mercado, Nogueira pondera que a taxa Selic deve continuar caindo, podendo chegar abaixo dos 10% em 2024, a depender do cumprimento ou não do novo arcabouço fiscal, e da guerra entre Israel e o Hamas.
Em sua mensagem de boas-vindas, Afonso Mamede, presidente da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), salientou que há boas perspectivas para 2024 pelos investimentos previstos na concessões, no PAC e pelos governos estaduais.
Eurimilson Daniel, vice-presidente da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), ressaltou que o área de locação está em destaque, tendo potencial de ampliar sua participação no share de mercado. “Vemos uma inteligência estratégica por parte dos usuários de máquinas, sobretudo as construtoras, que estão intercalando o uso de sua frota com a locação. Por isso, o percentual de frota parada caiu para 19%, quando era de 57% em 2017”, explicou. Daniel reforçou ainda que o locador ganha no investimento e no tempo, enquanto o construtor ganha na produção.
De acordo com Christiano Kunzler, CEO da InfraBrasil, essa prática também é utilizada por sua empresa, uma vez que 30% da frota é das locadoras. “Nossa frota própria não para, complementando-a com equipamentos locados. Produzimos mais. É uma ótima estratégia”, disse.
O Tendências no Mercado da Construção contou com a participação de quase 2 mil profissionais.
Seminário do SInduscon-SP destacou ganhos da industrialização na execução de estruturas
Os ganhos obtidos pela construção com a industrialização foram destacados no 24ª Seminário Tecnologia de Estruturas e Fundações, realizado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), por meio do Comitê de Tecnologia e Qualidade (CTQ) e do Comitê de Meio Ambiente (Comasp), em 30 de agosto. O evento contou com as presenças de Felipe Cassol, presidente do Conselho Estratégico da Abcic, da engenheira Íria Doniak, presidente executiva da Abcic, e de Wilson Claro, diretor de marketing da entidade.