ESPECIAL DIA DAS MULHERES

Participantes do 5º Fórum de Mulheres na Engenharia, um evento híbrido organizado pela Faculdade de Engenharia da Universidade de Abu Dhabi

A presença feminina vem crescendo em todos os setores da sociedade. Nas universidades, a presença das mulheres tem sido cada vez maior. A pesquisa “Estatísticas de Gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil”, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que na população com 25 anos ou mais, 19,4% das mulheres e 15,1% dos homens tinham nível superior completo em 2019. Em 2012, eram 14% das mulheres com ensino superior e 10,9% dos homens. Dados do Censo da Educação Superior (2019) apontavam que as mulheres representam 55,74% do total de matrículas e 59,05% do total de concluintes no ensino universitário no Brasil. 

No curso de engenharia, segundo o Censo, as mulheres representavam em 2019, 21,6% do total de estudantes de graduação. Em 2020, foram cerca de 14 mil novas engenheiras formadas e mais de 42 mil novos engenheiros. Mesmo com a participação masculina sendo maior, essa realidade vem mudando nos últimos anos e pode ser comprovada pelo fato de, hoje, o Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura (Confea) ter 211 mil mulheres registradas como engenheiras. Essa quantidade representa cerca de 20% do total de profissionais cadastrados. 

Especificamente na construção civil, conforme mostra os dados do Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), entre 2018 e 2021, houve aumento de 23% na presença de mulheres no setor em todo o Brasil. Em 2021, eram quase 251 mil mulheres empregadas em diversas atividades da construção, enquanto em 2018, eram cerca de 204 mil.

Esse aumento da presença feminina na engenharia e na construção tem colaborado para o desenvolvimento de um ambiente mais inclusivo nesses segmentos, tanto é que os canteiros de obras precisaram passar por uma reformulação, com um planejamento que englobe também as demandas de um público feminino. 

Elas têm contribuído ainda para trazer uma visão mais sensível acerca de questões relacionadas à sustentabilidade, inovação, tecnologia e pessoas, que são essenciais para a sobrevivência dos negócios. Por isso, é possível ver sua atuação na academia, em institutos de inovação, no âmbito institucional, nos governos, em indústrias, desde o chão de fábrica e operação, passando por coordenação e gerência até os cargos de liderança. 

Nesse sentido, o Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 8 de março, é um marco importante, por reconhecer os direitos femininos. Essa data teve origem na reivindicação de 15 mil mulheres, em 1908, que marcharam pela cidade de Nova York, por conta das condições de trabalho e pelo direito ao voto. Em 1910, a defensora dos direitos das mulheres Clara Zetkin propôs a internacionalização da data, que foi comemorada pela primeira vez nos Estados Unidos, em 1909, durante a Conferência Internacional de Mulheres Socialistas em Copenhague. Somente, em 1975, a Organização das Nações Unidas oficializou essa comemoração.

Atualmente, para celebrar esse dia especial, em todo mundo são realizados eventos e homenagens às mulheres. Nesse contexto, a engenheira Íria Doniak, presidente executiva da Abcic, participou virtualmente da solenidade de abertura do 5º Fórum de Mulheres na Engenharia, um evento híbrido organizado pela Faculdade de Engenharia da Universidade de Abu Dhabi, em colaboração com a Federação Internacional do Concreto (fib), em parceria com a prefeitura de Abu Dhabi, a Sociedade de Engenheiros dos Emirados Árabes Unidos, o Centro de Convenções e Exposições de Abu Dhabi, além de autoridades locais e internacionais. Na ocasião, ela também ministrou palestra no evento promovido, nos dias 15 e 16 de março, em Abu Dhabi, no Emirados Árabes Unidos.