ESPECIAL DIA DAS MULHERES

A programação foi formada por palestras e apresentações técnicas de palestrantes internacionais, autoridades nacionais, sociedades profissionais de engenharia, empresas de engenharia pioneiras e universidades. Além disso, um painel de discussão foi realizado para apresentar um roteiro para reduzir a lacuna de gênero na implementação de tecnologias de construção inteligentes e vários campos de engenharia para otimizar o papel das engenheiras na solução de desafios industriais em evolução.

Um destaque da agenda foi a celebração de conquistas de engenheiras pioneiras, como Majida Alazazi, presidente do Grupo Glory, membro do conselho, CEO e fundadora da Sandstorm Automotive Factor, que foi pioneira na área automotiva nos Emirados Árabes, e Lisa Kamin, chefe de vendas de campo e desenvolvimento de negócios dos Emirados Árabes Unidos na Siemens Energy. 

Já Najeeba Al Jabri, vice-presidente técnica da Emirates Global Aluminium, lembrou de sua carreira. “Fui uma pioneira – muitas vezes a primeira mulher em toda a indústria de alumínio do Oriente Médio a desempenhar uma função específica. Ao participar do 5º Fórum Mulheres na Engenharia, espero inspirar mais mulheres jovens a trabalhar na indústria. Precisamos dos melhores talentos de toda a nossa sociedade”.

Nesse contexto, o Brasil também contou com pioneiras que inspiraram jovens a ingressarem na carreira de engenheira civil, como Edwiges Maria Becker Hom’meil, primeira engenheira formada no país, em março de 1917, pela Escola Polythecnica do antigo Distrito Federal – hoje Escola Politécnica da UFRJ, e Enedina Alves Marques (1913 – 1981), que se tornou a primeira mulher graduada em engenharia no Paraná e a primeira engenheira negra do Brasil. Mesmo vivendo em uma sociedade machista e discriminatória e passando por diversos tipos de preconceito, ela participou de importantes obras no estado, como a construção do Colégio Estadual do Paraná e a Usina Capivari-Cachoeira (maior hidrelétrica subterrânea do sul do país).