Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 27 - dezembro de 2022

DE OLHO NO SETOR

Obra com aplicação do pré-fabricado de concreto é destaque no 25º ENECE

Torres Sucupira e Tarumã do Parque da Cidade foram projetados pelo engenheiro projetista de estruturas Ricardo França. Obra foi vencedora do Prêmio Talento Estrutural 2021, na categoria Edificações

Ele explicou ainda que, enquanto a obra do Parque da Cidade (Gleba B), projetada pelo engenheiro Francisco Graziano funcionou de forma ininterrupta, essa obra foi feita apenas durante o dia. Outra diferença foi o core, que subiu de forma normal da Sucupira e Tarumã, enquanto as do Graziano foram com forma trepante. A seu ver, as pré-vigas como os painéis dão uma aparência interessante. “A montagem ganhou um bom ritmo também. As primeiras lajes gastam mais tempo, depois a equipe se organiza e se alcança o pico de produtividade que se mantém até o final da obra”, explicou.

De acordo com França, o embasamento feito com pré-vigas e painéis alveolares usou ainda a pré-laje, e os pilares das zonas da periferia foram pré-moldados direto da fundação, enquanto os pilares da torre foram moldados in- loco. Para a obra, houve um planejamento para a produção das peças, coordenada ao posicionamento de cada uma delas na montagem. Houve o armazenamento de peças e o sequenciamento executivo da montagem por pavimento.

A OR montou uma usina de concreto no canteiro, com controle tecnológico feito pela obra, mas com o apoio da equipe do professor Paulo Helene, da PhD Engenharia, que ajudou no processo, desde a produção e controle do concreto, mas também em outros procedimentos da obra. A fachada e peitoris foram pré-fabricadas. “Os peitoris que ficam aparentes na fachada já servem de corta-fogo”, pontuou França.

Quanto à torre Tarumã, França comentou sobre a solução em laje cogumelo protendida com contraventamento em piares-parede, cuja altura total foi de 125 metros. Também foi aplicado painel da Stone em toda lateral e banheiros prontos. “O painel de fachada foi montado depois que entraram os banheiros”. Ao final ressaltou que os subsolos tiveram sua execução realizada 100% com estrutura pré-moldada.

França ainda trouxe mais dois cases de edifícios com o uso de pré-moldados de concreto. O Castelo Branco Office Park, obra da Tishmanspyer e Toledo Ferrari, que usou pré-vigas. “O aporticamento das vigas aos pilares possibilita menores flechas e menor taxa de aço. As pré-vigas têm continuidade com pilares”, disse. A primeira torre tinha uma central de pré-moldados para fazer as pré-vigas. A fachada foi produzida pela Stamp. Pelo duto do ar condicionado ser grande, a viga precisou de reforços diagonais. A parte inferior foi pré-moldada com toda a gaiola, e armadura negativa precisou ser diferente do usual. A escada foi feita no pilar central. A segunda torre usou pré-lajes em conjunto com as pré-vigas.

Já o São Paulo Corporate Towers, da Viol, usou laje, com EPS incorporado, com resultado e performance muito bons, ao garantir economia de formas e de concreto, rápida execução em canteiro. A laje suporta carregamentos altos (da ordem de 4tf/m²) devido a grande massa de paisagismo no pavimento térreo.

 


A solução estrutural adotada foi o sistema de pré-vigas e lajes alveolares com core trepante, gerando aumento de produtividade, industrialização da obra, controle de produção, estoque mínimos durante a execução e redução do custo da mão de obra e de execução.

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