INDUSTRIALIZAÇÃO EM PAUTA

Expo Renault Barigui alia uma arquitetura requintada com sustentabilidade e a utilização de estruturas em concreto pré-fabricado para atendimento às exigências de projeto

Projetada dentro do padrão FIFA, o estádio Independência foi executado com 100% da estrutura em pré-fabricados de concreto armado e protendido, incluindo pilares, vigas, lajes, rampas, arquibancadas dos três níveis, escadas, etc., fornecida pelo consórcio entre a Precon, Premo e a construtora Andrade Valladares. As peças pré-fabricadas que compõem os pórticos foram concretadas nas fábricas, transportadas e montadas no local da construção. Os elementos estruturais, vigas, degraus das arquibancadas e lajes, após montados, foram solidarizados, com concreto in-loco, de modo a formar uma estrutura hiperestática, na qual foi executada análise dinâmica para validação do modelo estrutural. O projeto arquitetônico é de autoria de Leon Myssior e o estrutural de Isnar Maia de Freitas, Ivan Maia e Francisco Celso.

Segunda edição 
A segunda edição do Prêmio teve como vencedor o centro de eventos Expo Renault Barigui, localizado em Curitiba (PR), que alia uma arquitetura requintada com sustentabilidade e a utilização de estruturas em concreto pré-fabricado para atendimento às exigências de projeto. A obra, contratada pelo consórcio de empreendedores formado pelos grupos Positivo e J.Malucelli, contou com projeto arquitetônico de Manoel Coelho, com projeto estrutural de Charles José Reis Hipólito e com fornecimento da estrutura pré-fabricada pela Cassol.
O Expo Renault Barigui fica dentro do parque mais conhecido e frequentado da cidade de Curitiba, com 7.500m² de área total, se  destaca pelos 1.500 metros quadrados de parede verde – jardins  verticais nas entradas do pavilhão – e por outras características  sustentáveis, como o aproveitamento de água da chuva; pontos de  ventilação e iluminação natural que ajudam a reduzir o consumo de  energia e integram o prédio ao parque de forma harmônica. Somente a área de eventos tem cinco  mil metros quadrados sem nenhum pilar intermediário, o que garante total aproveitamento do ambiente, com a montagem de um auditório com  capacidade para abrigar até cinco mil pessoas sentadas. Os outros 2,5 mil metros quadrados estão destinados às áreas complementares, como sanitários, camarins, cozinhas, despensas.
A estrutura pré-fabricada é composta por pilares e vigas calhas com captação da água pluvial e painel alveolar para fechamento lateral. A obra teve como um dos principais desafios: desenvolver uma solução que atendesse os prazos exíguos do cronograma em um projeto marcado pela genialidade arquitetônica.
Além desse projeto, a Abcic conferiu menção honrosa a outros três empreendimentos. O Shopping Estação BH, em Belo Horizonte (MG), com área construída de cerca de 106 mil m², contou com pilares pré-fabricados, pilares mistos , vigas I pré-fabricadas, vigas metálicas Gerdau e lajes alveolares, fornecidos pela Premo. O desafio era fazer a continuação vertical de uma grande área já construída, viabilizando um processo industrializado sobre o terminal em funcionamento. Parte da ampliação da obra podia ser feita de maneira convencional com montagem por guindastes (por ser ampliação lateral) e o restante foi montado com quatro grandes gruas com capacidade de 3.8 t em um raio de 60m. Os pilares foram mistos com núcleo metálico e concreto externo moldado no local. No trecho de ampliação lateral os pilares foram pré-fabricados. O projeto arquitetônico é de autoria de Antonio Noronha, e o estrutural de Francisco Celso e Comini Paolo Viana Tuler.
A segunda menção honrosa foi para as novas instalações da Petrobras, em Cubatão (SP), composto por treze pequenos prédios baixos, cuja área varia de 400m² a 1600m², sendo que alguns são térreos e outros conta com até 3 pavimentos. A arquitetura de Carlos Bratke, além de especificar concreto branco para a estrutura aparente, é caracterizada por marquises estruturais inclinadas, em balanço de 3,00 metros, com espessura variável para algumas fachadas e painéis arquitetônicos curvos para outras. Os 13 prédios estão interligados por uma galeria técnica subterrânea com 9,00 metros de largura livre que no nível do térreo serve de passarela de interligação entre os prédios. O projeto estrutural ficou a cargo de Luis Barrese (Aluízio D’Ávila & Associados) e as estruturas foram fabricadas pela CPI Engenharia.