DE OLHO NO SETOR
A atuação de mulheres no setor têm aumentado na última década, mas ainda há muitas oportunidades em diversos segmentos para alavancar a participação feminina, desde a área de projetos com o sistema construtivo, passando pela operação e liderança nas indústrias, nos fornecedores e construtoras até o trabalho no canteiro de obras
Outras indústrias já contam com um percentual de 70% de mulheres em cargos de liderança, por exemplo, na gestão técnica, comercial, de contratos, financeira, qualidade, Recursos Humanos e departamento pessoal.
“Temos altos percentuais de mulheres em funções de liderança e estamos buscando inclui-las nas atividades operacionais, promovendo o aumento da representatividade feminina e projetando-as no mercado de trabalho, através da valorização e formação. Essas iniciativas visam promover a inclusão, combater estereótipos de gênero e criar ambientes mais diversos e igualitários”, explana Danusa Mota de Menezes, gerente da Gestão Técnica-Comercial da Precon Pré-Fabricados.
A empresa vem promovendo a inclusão social, por meio de programas direcionados para recrutamento, adotando práticas específicas para atrair mulheres para cargos técnicos e operacionais, a fim de criar ambientes de trabalho mais inclusivos. Para isso, adota modelos que permitam que as mulheres conciliem vidas pessoais e profissionais, como os modelos híbridos, de trabalhos com flexibilidade de horários e local, adaptações de espaços e melhorias para abrigar as necessidades de cada uma delas, sobretudo a maternidade, incentivando-as na retomada profissional.
Para Danusa, essas iniciativas e programas são fundamentais para criar uma organização com ambiente equilibrado para contratação, desenvolvimento e retenção de mulheres em áreas técnicas e operacionais. “A diversidade de gênero no ambiente de trabalho traz vantagens significativas, como maior criatividade, inovação e a melhoria no processo de tomada de decisões, com diferentes perspectivas”, analisa.
É importante ressaltar que a inclusão e diversidade nas organizações demonstra um compromisso com a justiça social, atraindo talentos diversos do mercado. “A presença feminina em todos os níveis de implementação e operacionais pode otimizar processos, visto que há uma tendência a um estilo de liderança mais colaborativo e empático, melhorando a comunicação e a sinergia”, comenta Danusa, que acrescenta que a chave para uma boa integração é associada a implementação de programas de conscientização e capacitação que ajudam a reduzir estereótipos de gênero e garantir que todos os membros da equipe compreendam a importância de se trabalhar de forma colaborativa, respeitando as diferenças.
Em visita à Pré-Vale, Íria Doniak (Abcic) conheceu o laboratório da empresa, que tem liderança feminina na área de controle de qualidade. Ela foi recebida pela Anestine Jaeger, diretora industrial e conheceu as mulheres que trabalham na fábrica
Além disso, na opinião de Danusa, as mulheres tem a característica de estabelecer redes de apoio que as conectem com outras mulheres em posições de liderança, promovendo, assim, ambientes com trocas de experiências e valorização profissional.
A participação das mulheres na Pré-vale engloba desde a concepção de projetos até em setores produtivos da fábrica, laboratório e inovação, fazendo a diferença com comprometimento, adaptabilidade e foco em segurança. Elas também ocupam cargos de liderança e na gestão da empresa. Dos cinco diretores, três são mulheres: A diretora industrial Anestine Jaeger, a diretora jurídica e de pessoas Jaqueline Jaeger Sommariva e a diretora financeira, Eliana Vogel Jaeger.
Íris Laís dos Santos, responsável pelos setores de logística, montagem e obras da Antares, e Leila, colaboradora da área de ferragem da empresa