ABCIC EM AÇÃO
Prêmio Obra do Ano em Estruturas Pré-Moldadas de Concreto evidencia a versatilidade da construção industrializada de concreto, atendendo demandas de projetos arquitetônicos e estruturais inovadores, com qualidade, eficiência e sustentabilidade
Ivan Ribeiro Pereira, diretor superintendente da Tranenge, recebe a homenagem dos integrantes do júri e da empresa ArcelorMittal, juntamente com o representante da empresa projetista de estruturas, o engenheiro Luiz Fernando de Almeida pela construção das praças de pedágio SP255 e SP318
Um dos grandes desafios dessa obra foi atender o prazo de seis meses, com a execução simultânea das seis praças. Para isso, foi usado um processo construtivo pioneiro de execução dos submarinos em peças pré-fabricadas de concreto armado para cada praça de pedágio, compostas de 09 unidades de submarinos, sendo oito com 41,50 m e uma com 30 m de comprimento, executados em formas metálicas seccionáveis totalizando 474 peças, além dos demais elementos estruturais também pré-fabricados em pilares, vigas calhas, cabines simples/ duplas e telhas W, com um volume total de 2.280 m³. A estrutura foi fornecida pela Tranenge Construções e projeto estrutural é de Luiz Fernando de Almeida (Planvia Engenharia e Consultoria e Selco Arquitetura e Engenharia).
O arquiteto Felipe Aflalo recebe a premiação pela construção da Igreja Batista juntamente com os engenheiros Wilson Claro e Marcelo Cuadrado, da Leonardi
O vencedor na categoria Pequenas Obras foi a Igreja Batista do Morumbi, situada em São Paulo, com projeto arquitetônico de Felipe Aflalo (Aflalo & Gasperini Arquitetos). A edificação possui um núcleo central e uma estrutura com pilares apenas nas extremidades, ou seja, é um edifício concebido para ter grande flexibilidade de uso interno, que será utilizado para a parte administrativa da igreja e também para cursos e palestras para a comunidade carente do entorno da igreja.
O projeto, originalmente, não foi concebido para ser feito em pré-fabricado, pois a configuração do terreno, em curva, não indicava que poderia ser feito com esse sistema construtivo. “Mas o que mudou tudo foi a capacidade da Leonardi de entender e se propor a desenvolver um projeto específico que, apesar de não ter características ideais para pré-fabricado, pudesse manter as configurações idealizadas por nós, com todas as curvas e peculiaridades arquitetônicas”, contou Aflalo.
Foi a partir disso, de se encontrar uma empresa que solucionasse todos os aspectos relativos aos desafios estruturais, que se partiu para o uso do pré-fabricado. “Penso que houve ganhos em todos os sentidos: velocidade da obra, a questão do uso das lajes alveolares, que viabilizou mesmo a proposta de se ter grandes vãos sem pilar interno. O projeto estrutural desenvolvido pela Leonardi efetivamente melhorou muito o nosso projeto arquitetônico e também as condições gerais da obra”, explicou Aflalo. “Foi tão proveitosa a interação entre nós e a empresa, que já estamos desenvolvendo outros projetos. Nós vemos o potencial do pré-moldado de concreto, uma solução importante para esse momento da construção civil, especialmente voltada para o segmento de edifícios de escritórios, que se mostra novamente aquecido”, complementou.
Além das curvas, a obra, sem geometria regular e pilares pré-fabricados de concreto pigmentados na cor preta, por uma exigência do projeto arquitetônico, incluiu painéis arquitetônicos, alguns deles com pigmentação em cinza e curvos. “O desafio foi justamente atender toda essa irregularidade prevista no projeto arquitetônico, além de contemplar alguns balanços, platibandas, painéis de diversos tamanhos, características bem particulares”, afirmou o engenheiro Marcelo Cuadrado Marin, diretor técnico da Leonardi, que foi o responsável pelo projeto estrutural. Ele acrescentou ainda que, alguns dos painéis, por ser tridimensionais, foram produzidos com abas laterais e que são pouco convencionais.