Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Industrializar em Concreto 34 - abril de 2025

INDUSTRIALIZAÇÃO EM PAUTA

Sustentabilidade e inovação tecnológica elevam potencial de crescimento da construção industrializada de concreto

Alinhada às tendências globais, a indústria brasileira de pré-fabricados de concreto tem realizado investimentos para diminuir os impactos ambientais e reduzir as emissões de carbono, bem como trabalhado com novas tecnologias para alcançar ainda mais produtividade, eficiência e qualidade, beneficiando a construção civil e a sociedade

O avanço da digitalização, a preocupação crescente com as mudanças climáticas, os desafios em relação à produtividade e mão de obra e as mudanças de visão da sociedade têm pressionado o setor da construção a se reinventar, a partir de modelos de negócios ajustados ao novo ambiente, que possibilitem que as construtoras e a cadeia de valor se mantenham competitivas.

Nesse cenário, o estudo “The next normal in construction” da McKinsey apontou a industrialização, o desenvolvimento e aplicação de novos materiais e o uso de tecnologias digitais como pontos de disrupção fundamentais para a modernização da construção civil e para transformar a maneira como as empresas operam, projetam e constroem, fomentando a integração entre todas as etapas construtivas e elevando o desempenho e a colaboração entre todos os agentes. 

Corroborando com estudo da Mckinsey, a consultoria Deloitte também publicou um material sobre as cinco principais tendências para o futuro da construção, incluindo a pré-fabricação e a construção modular. Segundo a publicação, esses sistemas construtivos possibilitam mais produtividade e melhoria de custos em até 30%, além de garantir melhor projeto, controle de qualidade e atendimento de cronogramas mais ousados. Em uma pesquisa recente feita pela consultoria com executivos da área de engenharia e construção, 26% dos respondentes indicaram ampliar o uso desses sistemas construtivos. 

Em termos de tecnologia, a Deloitte tratou da importância de análise de dados avançada para contribuir com as decisões das construtoras e trouxe como exemplo a tecnologia de gêmeos digitais que usam dados 3D para criar plantas em tempo real da construção e, ao integrá-las com outros sistemas pode contribuir para melhorias operacionais em todo o ciclo de vida. 

Seguindo essa tendência global, a construção civil brasileira tem buscado o caminho da modernização, por meio das iniciativas das principais entidades setoriais do país, como a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), o Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) e o Departamento da Indústria da Construção da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Deconcic/FIESP), têm enfatizado a importância da industrialização, de maior adoção das tecnologias digitais e de ações para diminuir os impactos das mudanças climáticas. 

No âmbito governamental, o Projeto Construa Brasil, cuja primeira fase foi recém-finalizada, trabalhou os pilares: desburocratização, digitalização e industrialização, por meio de nove metas definidas, foi fundamental para reforçar os caminhos para que a construção civil possa alavancar a produtividade, com eficiência, qualidade, desempenho e rentabilidade.

Diante desse cenário de transformação e disrupção, a indústria de pré-fabricados de concreto está preparada para contribuir nesse momento atual da construção no país. Desde sua consolidação, há mais de seis décadas, o setor sempre acompanhou as tendências internacionais e buscou realizar investimentos assertivos para atender as demandas em diversos períodos. Nos anos 1980, precisou executar obras industriais, em especial de empresas multinacionais, que já adotavam a solução em seus países de origem; na década de 1990, foi a vez dos hipermercados, shopping centers e centros comerciais. A partir dos anos 2000, uma diversidade de segmentos foi atendida, incluindo a infraestrutura de transporte e logística e as arenas esportivas para a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. Durante a pandemia, houve uma grande procura por centros de distribuição e logística. 

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