PONTO DE VISTA
Nesse sentido, como o setor do pré-fabricado de concreto pode contribuir para esse crescimento?
Com produtividade e qualidade na construção civil, soluções inovadoras e tecnologia. No contexto mundial adentramos já na 4ª Revolução Industrial. Tecnologia é palavra de ordem.
Em sua análise, quais serão os maiores desafios para o segmento no futuro próximo?
As mudanças no mundo são muito rápidas por isso não podemos deixar as empresas “envelhecerem”, ou seja, estagnarem a ponto de não buscar melhorias constantes. Todas as empresas precisam se atualizar e ir atrás de novas tecnologias. Um exemplo de produto inovador é o concreto de ultra alta performance que já vem sendo empregado na pré-fabricação mundial. Precisamos absorver o máximo de informações e conhecimento sobre esse novo produto, pois em um futuro próximo, ele será um divisor de águas no mercado de pré-fabricados em concreto. Há mais de 10 anos começamos a implementar o concreto auto adensável nas empresas, considerando que das empresas associadas 60% já trabalha com este produto, alcançando expressivos resultados e competitividade. Já estamos em transição para nossa próxima etapa.
E quais são os principais desafios da ABCIC em seu papel institucional?
Acredito que dentre os principais desafios está o de agregar conhecimento para os seus associados, trazendo informações sobre novas tecnologias e a situação do mercado econômico, oferecendo condições para que as empresas obtenham um crescimento constante. Ampliar o número de associados efetivos (as indústrias do pré-moldado), atingir a meta de 100% dos associados certificados no Selo de Excelência ABCIC, programa que atesta as indústrias em relação a qualidade, segurança e aspectos ambientais. Gostaria de relembrar aqui a nossa missão, instituída durante o planejamento estratégico: “Promover o setor de pré-moldados de concreto no Brasil desenvolvendo ações que possibilitem o crescimento das empresas associadas, consolidando uma indústria próspera”. Exercemos o papel de liderança em nosso segmento, somos uma entidade estruturada e conhecida na construção civil de nosso país e, como tal, precisamos prosseguir e conquistar níveis mais elevados. Temos importantes referências e trabalhos propostos no Planejamento Estratégico da Abcic desenvolvido pelo consultor Gerson Ishikawa em 2015 que levou em consideração todas as categorias associativas, entidades parceiras, projetistas de arquitetura e estrutura, construtores e gerenciadores clientes do nosso sistema construtivo. Temos este caminho proposto a trilhar nos próximos anos.
Ao longo da história da ABCIC, pode-se notar alguns aspectos que se constituem em marcas importantes na construção da entidade: na gestão liderada pelo Milton Moreira foi promovida a integração das empresas em torno de aspectos comuns ligados à normalização e o desenvolvimento do Selo de Excelência Abcic, que se consolidaram posteriormente na gestão do saudoso Paulo Sérgio Cordeiro, que também teve a visão de profissionalizar a entidade criando a função Executiva que até hoje vem sendo exercida pela Íria Doniak. Paulo Sérgio também instituiu o código de conduta e propôs as missões técnicas internacionais, já tendo sido realizadas seis missões com êxito. No período cuja gestão foi exercida pelo Carlos Gennari foram potencializadas as relações institucionais e internacionais e importante reforma no estatuto criando o Conselho Estratégico. Mais recentemente a gestão do Aguinaldo Mafra Jr deixou como legado o Planejamento Estratégico com uma importante visão de futuro para o desenvolvimento do setor nos próximos anos, que coube ao André Pagliaro consolidar e dar início as primeiras ações apesar do conturbado período dos dois últimos anos. A continuidade das gestões tem sido, na visão dos associados, a mola propulsora para o desenvolvimento da entidade e pelo reconhecimento de sua liderança setorial. A partir disso, quais seriam os aspectos que o Sr. pretende reforçar em sua gestão e qual o legado que pretende deixar para o setor?
Dar continuidade aos trabalhos, juntamente com o trabalho que vem sendo exercido pela nossa presidente Executiva Íria Doniak, que tem se dedicado intensamente para colocar as ações em prática. Pretendo dar ênfase às missões técnicas. Devido às dificuldades dos dois últimos anos, em 2017 e 2018, não tivemos missões programadas, mas já estamos com a próxima em desenvolvimento e será divulgada ainda em 2018 para ser realizada em 2019. As empresas que participam não implementam somente novas tecnologias mas também melhorias em seus processos produtivos e de gestão. Isso impacta diretamente em novas soluções para o mercado do pré-fabricado no Brasil. Com quase 17 anos de ABCIC, o crescimento foi muito grande, intensificando protendido, concreto auto adensável, prédios de múltiplos – pavimentos com núcleo rígido pré-moldado dentre outras questões de suma importância para o mercado.
Para o futuro, espera-se que ocorra um desenvolvimento cada vez maior. As missões são planejadas levando em consideração nossas necessidades e determinados parâmetros imprescindíveis para o seu êxito, estabelecidos por nosso conselho. Devido aos anos de relacionamento com a fib e o PCI encontramos nessas entidades um importante apoio, que com a coordenação técnica da Íria, resulta em programas completos e muito relevantes para o setor, o que é muito diferente de se incorporar a missões prontas ou simplesmente visita às feiras. Além disso, quando integramos as missões e participamos dos eventos da Abcic, o setor se une, se fortalece e se desenvolve mais, ao mesmo tempo em que nossas empresas saem fortalecidas destas programações, sendo o coletivo o principal beneficiado.