PONTO DE VISTA
Alinhado aos objetivos do estatuto da entidade, que ferramentas o Sr. vê como fundamentais para o setor e que devem ser práticas constantes nas empresas?
A normalização, através da norma mãe a ABNT NBR 9062, bem como as normas dos produtos lajes alveolares, estacas e painéis, e o lançamento do manual de montagem previsto em 2018, será um marco para as empresas. É importante destacar que essa padronização e a certificação no Selo de Excelência Abcic são de suma importância para aumentar a confiança no pré-moldado, e esses avanços alcançados até agora só foram possíveis graças ao trabalho árduo dos integrantes da ABCIC, dirigentes e associados, que sempre se mostraram engajados na busca por melhorias.
Qual sua análise do papel do Selo de Excelência Abcic para o desenvolvimento do setor?
Devemos ter em mente que o selo da ABCIC adequa uma padronização dentro das empresas, mostrando para o mercado consumidor que oferecemos um serviço/produto e soluções de qualidade, com entrega no prazo acordado e com segurança. Além disso, a normalização pela ABNT que está na base do nosso selo demonstra um controle de qualidade mais apurado na fabricação das peças, bem como na montagem, gerando consequentemente uma maior satisfação do cliente.
José Antonio Tessari (ao lado direito da engenheira Íria Doniak) em visita técnica, durante Missão em Dubai, promovida pela Abcic
Como avalia as recentes iniciativas adotadas para estimular a construção industrializada, incluindo a participação em diferentes contextos institucionais e governamentais e em eventos nacionais e internacionais?
A industrialização da construção civil é um caminho sem volta, ela não se fará somente com um sistema construtivo, mas temos, nós as empresas de estruturas pré-fabricadas de concreto, um papel de protagonismo neste contexto. Juntamente com outras entidades que representam a industrialização, temos atuado em importantes grupos de trabalho, como o na ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), em Brasília, e em São Paulo, com as ações estruturadas também em GTs específicos do DECONCIC (Departamento da Construção Civil da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Temos sido convidados a participar de importantes grupos da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) que congrega os Sinduscons. Se estamos integrando grupos tão relevantes, isso se deve ao trabalho hercúleo da Abcic em se manter ativa e bem relacionada com entidades da cadeia da construção civil. Temos desenvolvido também muitos trabalhos e inclusive mantemos uma verba que nos possibilita estarmos associados em entidades intimamente relacionados com nosso sistema, como é o caso da ABECE e do IBRACON, monitoramos tendências internacionais que nos permitem não só realizar missões técnicas de altíssimo nível, mas mantermos nossa normalização alinhada com normas internacionais, destacando aqui o importante papel na fib (federação internacional do concreto). São ações que possuem um investimento alto, especialmente de tempo, pois não se trata apenas de irmos neste fóruns buscar conteúdo, mas sim estar lá para agregar valor, levar também as nossa informações, trabalhar nos contextos que não são apenas os de nosso interesse direto. A via é sempre de duas mãos.
Mais recentemente participamos no México de importantes debates organizados pela ANIPPAC (Asociación Nacional de Industriales del Presfuerzo y la Prefabricación), durante o Congresso Ibero Americano de Pré-fabricados. Estaremos mais presentes em importantes contextos que envolvem também a América Latina.