ABCIC EM AÇÃO
O Planejamento Estratégico 2023-2027 estabelece as diretrizes para pavimentar o desenvolvimento sustentável da pré-fabricação de concreto no Brasil com inovação e menor impacto ambiental. Possui quatro macroestratégias: valorização dos associados e da associação, a estruturação do setor para atender as demandas por edifícios altos, sustentabilidade e o desenvolvimento de um portal de serviços
Felipe Cassol, Presidente do Conselho Estratégico, traz uma importante reflexão. “Para implementar as macroestratégias, precisamos buscar inspiração no mesmo espírito aguerrido do momento da fundação da entidade, quando muitos esforços foram envidados no maior objetivo que era estabelecer a pré-fabricação em concreto e a industrialização da construção civil, como uma solução sustentável, de elevado nível tecnológico e considerada como solução para as obras do país os mais diversos segmentos”, disse.
Ele acrescentou ainda que “conquistado este espaço, além de mantermos as ações que nos trouxeram até aqui, este é o momento de olhar para dentro e para fora da entidade. Através dos road maps que serão estabelecidos por cada grupo relacionado às quatro macroestratégias, estabeleceremos ações que permitam que o setor e as empresas associadas se desenvolvam e cresçam ainda mais, ao mesmo tempo em que fortalecemos nossa entidade para este novo momento disruptivo e inovador”.
Em sua avaliação, “estamos constantemente em transformação e temos muitos desafios para de fato podermos permanecer fortes e agregadores nesta nova fase. Algumas ações já estão andamento mesmo antes da consolidação dos road maps, como por exemplo o tema da sustentabilidade. Mas, todas as macroestratégias têm igual peso em relação ao futuro do setor, das nossas empresas e da própria Abcic, finalizou
Planejamento estratégico avalia que as construções sustentáveis da próxima década serão feitas com pré-fabricados de concreto e com projeto 100% digital
O novo planejamento estratégico da Abcic teve novamente consultoria de Gerson Ishikawa, professor da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), que atua nas áreas de estratégia e liderança organizacional, engenharia econômica, tomada de decisão e engenharia de “supply chain”. Ele contou com exclusividade à Revista Industrializar em Concreto, como foi o processo para a elaboração do documento, bem como as diferenças entre os dois planejamentos.
Poderia fazer uma comparação do mercado de pré-fabricados de concreto na época do primeiro planejamento estratégico e no período atual?
As principais premissas e tendências tecnológicas e mercadológicas permanecem válidas. Em 2015, a evolução tecnológica apontava na direção dos concretos de ultra alto desempenho. Hoje os concretos de ultra alto desempenho apontam para estruturas leves e longevas. E essa será uma importante tecnologia para neutralizar a emissão de carbono no ciclo de vida das edificações. As características únicas do concreto (de alto desempenho) viabilizam construções leves e muito resistentes. Construções leves reduzem a necessidade de matérias primas com alta pegada de carbono. Construções resistentes proporcionam benefícios por longos períodos de tempo e com baixíssima necessidade de manutenção.
O caminho para construções sustentáveis, portanto, passará por edificações leves e longevas. Por consequência, as concepções arquitetônicas irão valorizar edificações com elevada vida útil e que possam ser reconfiguradas para múltiplos propósitos nesta longa existência. E as atuais soluções com pré-fabricados de concreto já permitem hoje edificações altas com espaços amplos que preenchem estes requisitos. A flexibilidade de alteração das paredes internas aumentam as possibilidades de reuso futuro da edificação para as mais diversas configurações. O melhor uso do cimento estará no concreto de alto desempenho. Esse será o uso mais racional das características únicas do cimento.